Cirurgiã plástica enumera os procedimentos que possuem recuperação mais curta e podem ser feitos ainda em 2021
O natal chega em menos de 30 dias e a cirurgiã plástica Dra. Larissa Sumodjo da SBCP explica que ainda está em tempo de se recuperar de uma cirurgia plástica para melhorar a autoestima e visual.
Cerca de 30/ 40 dias são suficientes para a recuperação de alguns procedimentos. De acordo com a médica Larissa Sumodjo, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), dentro desse período se encaixam procedimentos como cirurgias de mamas, de contorno corporal (lipoaspiração e abdominoplastias) e na face (lifting facial e blefaroplastias).
Uma opção é combinar mais de um procedimento em um mesmo dia. "Cirurgias combinadas, desde que sem exagero, também entram nessa lista", explica a cirurgiã plástica.
Mas estarei bem o suficiente para ir às festas?
"Vale ressaltar que estamos falando em estar apta para um evento familiar, ou seja, tirar fotos e confraternizar sem ter que caminhar muito ou carregar peso. Assim, não há restrição para movimentação, não será necessário o uso de cintas (então, qualquer modelito de roupa poderá ser usado) e a paciente poderá tirar fotos sem constrangimento", esclarece Dra. Larissa.
O que poderá ocorrer, segundo a cirurgiã, é ainda não ser possível constatar o resultado do procedimento. "A depender da cirurgia realizada, é possível que ainda haja algum inchaço, mas essa percepção será muito pequena, ou só da pessoa operada", garante.
Pela proximidade com o verão, é necessário destacar alguns pontos para programar uma cirurgia plástica. "O principal cuidado é com relação à exposição ao sol (que vale sempre, mas é mais intensa nesta estação do ano), porque submeter-se aos seus raios pode pigmentar as cicatrizes, ou seja, deixá-las permanentemente escuras".
Além da cicatriz em si, o sol também pigmenta áreas do corpo que ainda tenham aqueles roxinhos na pele, as chamadas equimoses, que surgem no pós-operatório.
Mas, perto da estação mais quente do ano, o que faz sentido, diante de tudo isso, é fazer uma cirurgia nos casos em que as cicatrizes resultantes sejam pequenas e/ou escondidas, e caso a região manipulada não seja extensa. "Tendo em mente esses critérios, é possível proteger-se mais facilmente do sol, sem comprometer a ida à praia, por exemplo. Mas, temos que levar em consideração um provável edema que surgirá também", sinaliza a médica.
É sabido que diversos procedimentos requerem de 3 a 6 meses para que todo o inchaço desapareça e seja possível visualizar, no corpo, o que foi almejado ao submeter-se à cirurgia plástica.
"No entanto, há cirurgias em que, apesar de ainda não se tratar do resultado final, dentro de 30/40 dias, a grande parte do inchaço já foi embora, e a nova impressão visual já é percebida pela pessoa operada, mas não pelos outros. Cirurgias com esse tipo de evolução esperada, também são possíveis de serem feitas agora, nesta época do ano", esclarece Larissa.
É válido lembrar que tratando-se de saúde, "cada caso é um caso", não há regras gerais válidas para todos, mas, de forma geral, as pacientes podem considerar fazer:
Lipoaspirações pequenas / localizadas - ou lipoescultura, é um procedimento que remove o excesso de depósitos de gordura, melhorando contornos do corpo e a sua proporção;
Inclusão de próteses de silicone - para mudar o tamanho e formato das mamas;
Otoplastia - é a cirurgia plástica de orelha;
Blefaroplastia - é a cirurgia plástica de pálpebra;
Rinoplastia - é a cirurgia plástica de nariz.
Uma dica importante da cirurgiã é: "Informe o profissional que fará um desses procedimentos em você sobre toda a sua programação de final de ano/verão/férias e suas expectativas gerais para planejar uma cirurgia com recuperação adequada e segura". E o ano de 2022 começará diferente na hora de se olhar no espelho, vestir-se, maquiar-se, usar seus óculos de sol preferido ou namorar.
Sobre Dra Larissa Sumodjo
• Médica granduada pela Universidade federal de São Paulo - UNIFESP/EPM (2006)
• Residência médica em cirurgia geral - Universidade federal de São Paulo - UNIFESP/EPM (2007/2008)
• Residência médica em cirurgia plástica - Universidade federal de São Paulo - UNIFESP/EPM (2009-2011)
• Membro associado da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (desde 2012)
• Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (desde 2014)
• Chefe de equipe de reconstrução mamária do programa de filantropia do Hospital Sírio Libanês (2012 a 2018)
• Médica de retaguarda de cirurgia plástica do Hospital Sírio Libanês (2019-2021)