Assim
como os demais municípios do Brasil, estoque do imunibiológico na Secretaria de
Saúde está zerado
O
Departamento de Imunização da Secretaria de Saúde de Barra Mansa encontra-se com
o estoque da vacina pentavalente zerado. A situação não ocorre somente no
município. Desde meados de 2019, as cidades brasileiras enfrentam o problema em
função da falta de fornecimento de matéria prima e complicações com o laboratório
produtor.
Esta semana,
o Ministério da Saúde anunciou o início da distribuição das doses da vacina
pentavalente para os estados brasileiros. Porém, segundo informações da
Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, a previsão é de que o
imunobiológico comece a chegar ao órgão na próxima semana para então, ser
repassado aos municípios.
De
acordo com a coordenadora do Departamento de Imunização da Secretaria de Saúde
de Barra Mansa, Marlene Fialho, apesar do quantitativo de doses anunciado pelo
Ministério da Saúde, 1,7 milhão de doses, a oferta não é suficiente para
atender a demanda existente. “A entrega das vacinas ficou irregular entre os
meses de junho e dezembro de 2019. As doses estão em fase de liberação
alfandegária e a expectativa é que sejam repassadas aos municípios. Porém,
existe uma preocupação, já que o número de doses que será entregue não será suficiente
para regularizar o estoque da Secretaria de Saúde. Para se ter ideia, no Estado
do Rio, a primeira etapa de distribuição será de 66 mil doses e segunda etapa,
de 60 mil, para 92 municípios”, disse Marlene.
A
vacina pentavalente garante a proteção contra cinco doenças: difteria, tétano,
coqueluche, hepatite B e a bactéria haemophilus influenzae tipo b (responsável
por infecções no nariz e garganta). O esquema vacinal prevê três doses da
vacina: aos dois, quatro e seis meses de idade.
Marlene
Fialho explicou que tão logo as doses do imunobiológico cheguem à Barra Mansa
serão distribuídas, de forma igualitária, aos 49 postos de saúde. A vacinação
será realizada de segunda à sexta-feira, de 8 às 17 horas.
VACINA - O Brasil compra a vacina
pentavalente, por meio do Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da
Saúde (OPAS), pois não existe laboratório produtor no país. Em julho de 2019,
lotes do laboratório pré-qualificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
foram reprovados no teste de qualidade do Instituto Nacional de Controle de
Qualidade em Saúde (INCQS) e análise da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA). Em agosto, o Ministério da Saúde solicitou a reposição do
produto, mas, naquele momento, não havia disponibilidade imediata no mundo.