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Narcóticos Anônimos de portas abertas para acolher quem precisa

A tempestade de estar inserido no mundo das drogas e de pequenos crimes, que levam o usuário a cometer a fim de angariar fundos para sustentar o vício, pode se transformar em bonança. De acordo com a Narcóticos Anônimos - irmandade mundial ativa em mais de 131 países e com mais de 58.000 reuniões semanais no mundo - qualquer um, independente de raça, crença, opção sexual, cultura, idade ou situação financeira, pode participar. As cidades da região que promovem apoio ao usuário a se manter livre dos entorpecentes ficam em: Angra dos Reis, Barra Mansa, Itatiaia, Paraty, Resende e Volta Redonda.
O representante do setor que abrange os municípios do Sul Fluminense, cujo nome não será divulgado para preservá-lo, foi um dos que encontrou a luz no fim do túnel e hoje ajuda outras pessoas a enxergá-la. “Usei drogas por 2 anos e ela me usou por 22 – dos 13 aos 35 anos de idade. Perdi minha família, bens e a credibilidade. A pessoa que tem a droga como vício é como um diabético que necessita de atenção a sua condição diariamente. Passei por três internações ao longo desse período, conheci e vivo os princípios da NA – parar de usar, perder o desejo de usar e encontrar uma nova maneira de viver”, declarou.
De acordo com o depoimento do coordenador da NA na região, a pessoa viciada chega a perder a noção da realidade; vive em um mundo paralelo onde o único objetivo é saciar a dependência química e com isso, é vista sempre à margem da sociedade.
“Muitas pessoas não conseguem enxergar que o indivíduo que está nessas condições precisa de ajuda. A dor de perder a família, emprego, dignidade – é muito forte. Ninguém gostaria de passar por isso, mas infelizmente às vezes a pessoa se afunda nessa condição. O primeiro passo para quem deseja melhorar não é nem ter o desejo de parar de usar, mas de ir aos encontros do grupo. Lá, terão o apoio que precisam e não serão julgados. Hoje trabalho, estou “limpo”, tenho minha namorada... Se eu sair desse grupo, pode ser que eu recaia, pois o que conheço são coisas ruins (pessoas, lugares...), mas com o tempo vamos reconstruindo a vida e, sabendo que lá fora é um inferno, não vamos querer voltar. Existem pessoas que estão longe das drogas há décadas. É possível, basta nos procurar”, ressaltou.
Os telefones para quem procura esse tipo de assistência são: (24) 992118202 e 999888758. As reuniões em Angra e Barra Mansa acontecem as terças, quintas, sextas-feiras, sábados e domingos. Em Resende o grupo promove encontros diariamente e em Volta Redonda, exceto na quarta-feira.Fonte: A Voz da Cidade