cigarro jovensPrograma de tabagismo será ampliado para unidades de saúde



O Programa Municipal de Controle ao Tabagismo de Barra Mansa vai funcionar de forma descentralizada em 2014. O atendimento aos fumantes que desejam abandonar o cigarro será levado para as unidades de saúde dos bairros. A expectativa é que até fevereiro, todos os postos já tenham profissionais capacitados para atender aos pacientes, que participam do programa durante 12 meses.

“Estamos organizando uma capacitação de abordagem intensiva de tabagismo voltada aos profissionais de saúde com nível superior da rede de Atenção Básica. Esperamos com essa descentralização atender um maior número de pacientes com desejo de parar de fumar”, revelou Sérgio Murilo Conti, coordenador do programa. Segundo ele, a capacitação dos profissionais acontecerá na segunda quinzena de janeiro de 2014. A meta de cada posto de saúde é atender 80 pacientes ao ano.

O Programa de Controle do Tabagismo de Barra Mansa oferece avaliação médica especializada, atendimento psicológico individual, terapia de grupo e recursos terapêuticos (adesivos, goma, pastilha de nicotina e bupropiona). Os encontros dos grupos de terapia são realizados no auditório do Centro de Saúde Oral (antigo CROB). “Fazemos uma abordagem cognitiva comportamental, na qual oferecemos ferramentas para essas pessoas pararem de fumar”, explicou Sérgio Murilo, acrescentando que os pacientes se reúnem semanalmente em um grupo de apoio, durante dois meses. “Depois deste tempo, ele participa de reuniões quinzenalmente e mensalmente para a manutenção do tratamento”.
Segundo ele, existem três tipos de dependência no caso do cigarro: química, comportamental e psicológica. “A química é a mais fácil de tratarmos: usamos adesivos, gomas ou pastilhas de nicotina que ajudam na fase da abstinência. A psicológica é a mais difícil, pois o cigarro representa uma sensação de bem estar, o dependente fuma para relaxar ou se acalmar, tem a sensação que o cigarro é um amigo. Neste caso, a maioria dos dependentes são mulheres”, explicou, acrescentando que a dependência comportamental é quando o cigarro é associado a um tipo de hábito, como tomar um café ou telefonar, por exemplo.
O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1,2 bilhão de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam. Enquanto nos países em desenvolvimento os fumantes constituem 48% da população masculina e 7% da população feminina, nos países desenvolvidos a participação das mulheres mais do que triplica: 42% dos homens e 24% das mulheres têm o comportamento de fumar.
Em 2013, Programa de Controle do Tabagismo de Barra Mansa atendeu 242 pacientes. Destes, 125 conseguiram parar de fumar (51,8%); 88 pessoas abandonaram o tratamento (36,4%) e 29 não conseguiram largar o vício do cigarro (11,5%).