Como reduzir o estresse do animal durante queima de fogos de artifício
(Foto: Divulgação)
Cachorros e gatos odeiam fogos de artifício. Com a chegada do fim do
ano e as queimas frequentes de fogos, os animais entram em desespero.
Isso acontece porque eles têm uma capacidade auditiva cerca de quatro
vezes maior que os humanos, portanto, qualquer barulho mais forte pode
ser ensurdecedor para eles.
E para amenizar o medo e estresse dos animais o melhor é pegar o
animal no colo, abraçá-lo e consolá-lo, certo? Errado, adverte a
veterinária Karina Mussolino, coordenadora técnica da Pet Center
Marginal. “Nessa tentativa de acalmá-los acabamos estimulando o medo,
pois assim o animal passa a associar aquele momento a algo ruim. O ideal
é o tutor agir de forma natural, brincar com o animal, entretê-lo com
seu brinquedo favorito, fazer festa, como se nada estivesse
acontecendo”, recomenda a especialista.
Cães e gatos costumam se esconder nesses momentos de medo, por isso é
importante deixá-los livres para essas fugas inesperadas, deixá-los
soltos da coleira (em alguns casos eles podem ficar rodando em círculos e
até se enforcar) e manter o espaço livre para que não se machuquem. “No
caso dos gatos, é comum que sumam da vista dos tutores. Se a casa ou o
apartamento forem seguros, com redes nas janelas e portões fechados,
deixe o bichano por lá, evite chamar para não estressá-lo mais”,
aconselha.
O susto nos animais merece atenção dobrada dos tutores, pois há casos
de animais que passam realmente mal. “Há desde pacientes que
convulsionam a animais que morrem por sofrerem parada
cardiorrespiratória devido ao estresse ocasionado pelo barulho
excessivo”, ressalta. “Cães e gatos, que já tenham histórico de doença
cardíaca, devem ter cuidados especiais nessas situações. É importante
que o tutor converse com o veterinário do animal para evitar tristes
surpresas”, informa.
Uma das formas de evitar que seus animais sofram é trazê-los para
dentro de casa, onde o som é mais abafado e há espaço para se
esconderem. Também não é recomendado deixá-los sozinhos nesta época. Em
caso de viagens, é aconselhável deixá-los com parentes, vizinhos ou em
hotéis especializados.
Em muitos casos, é possível usar florais de bach para acalmá-los
nesses momentos mais tensos. É interessante que o tutor seja precavido,
leve o animal à consulta rotineira ao veterinário e converse com o
médico sobre essa possibilidades. “A automedicação deve ser evitada de
qualquer forma. Muitos medicamentos humanos são perigosos e podem matar
os animais quando usados de forma indevida”, alerta a Dra. Karina.
Esses cuidados também podem ser estendidos para os dias de fortes
tempestades com trovões, que também costumam aterrorizar os animais.
Alguns sites especializados em comportamento canino, como o
aboutdogs.com, recomendam uma terapia de dessensibilização dos animais
em relação aos sons de fogos e trovões, fazendo com que sejam expostos a
esses sons continuamente, com áudio gravado de tais barulhos.
Consumidor Moderno