Foto: Fabio Caffé


O Plano de Extensão em Participação Social foi construído com a participação do Fórum Nacional dos Pró-Reitores de Extensão (Forproex), presidido atualmente pela Pró-Reitora de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ivana Bentes
 

O novo programa federal fortalece o papel da extensão universitária junto às comunidades em todo o Brasil. As ações serão conduzidas por instituições de ensino superior em parceria com organizações da sociedade civil e movimentos populares.

A iniciativa é fruto da parceria entre Secretaria Nacional de Participação Social (SNPS/SG/PR) da Secretaria-Geral da Presidência da República e a Secretaria de Educação Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC).
 

“A extensão universitária é a área da universidade responsável por estabelecer conexões com o público não acadêmico. Ela é um instrumento poderoso de transformação social. Por isso, integrar o Plano de Extensão em Participação Social fortalece o papel da UFRJ como agente ativo na construção coletiva de políticas públicas territorializadas, inclusivas e democráticas”, afirma Ivana Bentes, Pró-Reitora de Extensão da UFRJ.
 

A adesão das instituições será feita via cooperação, com editais e chamadas públicas a serem lançados.

O Plano propõe o fortalecimento do papel das universidades públicas como protagonistas na promoção de direitos, no enfrentamento das desigualdades e na escuta ativa das populações nos territórios.

Entre os principais eixos do plano estão:

  • Escuta das comunidades, ou seja, ouvir diretamente as populações sobre suas necessidades, prioridades e vivências, para que as políticas públicas sejam construídas a partir da realidade e dos saberes locais, e não impostas. Com destaque para territórios vulnerabilizados e populações negras, indígenas, quilombolas, ribeirinhas e periféricas;
  • Formação cidadã com base na educação popular, por meio de oficinas, rodas de conversa e práticas pedagógicas dialógicas;
  • Fortalecimento dos mecanismos de participação social, como conselhos, fóruns e conferências;
  • Articulação intersetorial entre ministérios, universidades e movimentos sociais, com foco no planejamento e implementação de ações integradas.

A partir de agosto, estão previstos os lançamentos de editais específicos para ações nos territórios priorizados pelos Fóruns Estaduais de Participação Social. No Sudeste, a Bacia do Rio Doce, região marcada pela tragédia de Mariana, será uma das áreas estratégicas para o desenvolvimento de projetos com participação ativa das universidades.