Siemens Healthineers é a primeira companhia a disponibilizar no país um ensaio que permite prever surtos da doença com até dois meses de antecedência

 


A Siemens Healthineers, empresa líder em tecnologia médica, acaba de disponibilizar no Brasil o primeiro exame de sangue para monitoramento da Esclerose Múltipla aprovado pela Anvisa. O ensaio de Cadeia Leve de Neurofilamento (NfL) possibilita que os médicos consigam prever surtos da doença com até dois meses de antecedência em relação aos sintomas clínicos. Até então o monitoramento só era possível mediante a realização de uma ressonância magnética. A novidade chega para suprir uma demanda dos laboratórios de diagnóstico, que antes precisavam encaminhar as amostras para fora do país, em razão da ausência de kits registrados na Anvisa — o que tornava o exame de difícil acesso e mais demorado.

 


O neurofilamento é uma proteína estrutural presente nos neurônios. Todo processo de neurodegeneração — seja pelo envelhecimento natural ou por doenças neurológicas — leva à liberação dessa proteína no líquido cefalorraquidiano e no sangue.¹ Por ser liberado em diferentes situações, o neurofilamento não é um biomarcador específico para diagnóstico de nenhuma condição. No entanto, estudos vêm demonstrando sua eficácia para o acompanhamento da atividade inflamatória e neurodegenerativa da esclerose múltipla, ajudando a estimar o risco de novos surtos e a monitorar respostas ao tratamento.

 


“Biomarcador é uma característica objetivamente medida e avaliada como um indicador de processos biológicos normais, processos patogênicos ou respostas farmacológicas a uma intervenção terapêutica. O neurofilamento de cadeia leve é um biomarcador de grande contribuição no manejo da Esclerose Múltipla. Permite avaliar o grau de inflamação, acompanhar a resposta ao tratamento e, a partir da evolução dos níveis, identificar, por exemplo, o momento mais adequado para trocar a medicação", explica Dr. Gustavo Bruniera, médico patologista clínico e Coordenador Médico do Laboratório Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein. O Laboratório Clínico do Einstein será o primeiro no Brasil a executar o exame, que até então era coletado no país e enviado pelos laboratórios para análise no exterior. “A inovação faz parte do compromisso do Einstein com a saúde e com o avanço da medicina personalizada. Executar um exame com biomarcadores representa um marco não só para a organização como para a medicina diagnóstica no país", diz.

 


O novo exame entrega resultados em menos de uma hora nos laboratórios que utilizarem as plataformas de análise Atellica IM e Advia Centaur da Siemens Healthineers, e a expectativa é que, com a adoção da nova metodologia, a emissão dos laudos seja disponibilizada aos pacientes em um prazo de 24 horas a 3 dias - um avanço expressivo em relação ao tempo necessário para a realização de exames de ressonância magnética.

 


“Os imunoensaios automatizados, como o Atellica IM, são de alta sensibilidade, então conseguem analisar o neurofilamento, mesmo que sua disponibilidade no sangue seja muito menor do que no líquido cefalorraquidiano. Esse exame já é uma realidade em centros de referência na Europa e nos Estados Unidos e, com sua validação clínica e registro aprovado pela Anvisa para a Esclerose Múltipla, o Brasil passa a acompanhar as melhores práticas mundiais, oferecendo aos médicos e pacientes um recurso de alta precisão para o monitoramento da doença”, enfatiza Hélida Silva, Gerente de Assuntos Médicos da Siemens Healthineers na América Latina.

 


Sobre a periodicidade do exame, Dr. Gustavo enfatiza que as recomendações de estudos internacionais é que a avaliação seja feita a cada seis meses, mas isso pode variar de acordo com a análise individual de cada paciente.

 


Sobre a Esclerose Múltipla


A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica inflamatória, autoimune e degenerativa que afeta o sistema nervoso central. Ela provoca a destruição da bainha de mielina, estrutura que protege os neurônios e permite a condução eficiente dos impulsos nervosos². A doença atinge principalmente adultos jovens, entre 20 e 40 anos³, e sua prevalência está aumentando globalmente, com um crescimento de 30% entre 2013 e 2020, segundo dados internacionais.[4]

 


A EM é classificada em quatro tipos [5]:


EM Recorrente-Remitente (EMRR): 85% dos casos, com surtos e remissões.

EM Secundária Progressiva (EMSP): evolução da EMRR, com piora contínua.

EM Primária Progressiva (EMPP): progressão desde o início, sem remissão.

Síndrome Clinicamente Isolada (CIS): primeiro episódio neurológico.

Sobre a Siemens Healthineers


A Siemens Healthineers é pioneira em avanços na saúde. Para todos. Em todos os lugares. De forma sustentável. A empresa é fornecedora global de equipamentos, soluções e serviços de saúde, com atividade em mais de 180 países e representação direta em mais de 70. O grupo inclui a Siemens Healthineers AG, listada como SHL em Frankfurt, Alemanha e as suas subsidiárias. Como uma empresa líder em tecnologia médica, a Siemens Healthineers está empenhada em melhorar o acesso aos cuidados de saúde para comunidades desfavorecidas em todo o mundo e se esforça para combater doenças mais ameaçadoras. A empresa atua principalmente nas áreas de diagnóstico por imagem, cuidados oncológicos e terapias minimamente invasivas, aprimoradas pela tecnologia digital e inteligência artificial. No ano fiscal de 2024, encerrado em 30 de setembro de 2024, a Siemens Healthineers tinha aproximadamente 72.000 funcionários em todo o mundo e receita gerada de 22,4 mil milhões de euros, aproximadamente. Mais informações estão disponíveis em: www.siemens-healthineers.com