Advertisement

Indústria fluminense cresceu em agosto mais que a média brasileira

 

Em 2023, a indústria fluminense avançou 4,1%, enquanto a média nacional caiu

 

Em agosto, a produção industrial fluminense aumentou 1,7%, frente a julho, na série com ajuste sazonal. Esse desempenho reverteu a queda observada no mês anterior (-0,8%). Essa oscilação na passagem mensal tem sido observada durante todo ano, quando registrou quatro meses negativos e quatro positivos. “Foi o sexto melhor resultado nacional em agosto e bastante superior à média nacional (+0,4%). Cabe destacar que a atividade industrial aqui analisada engloba as Indústrias Extrativas e de Transformação”, ressalta Sérgio Duarte, presidente da Rio Indústria. A análise com base em dados da PIM, divulgados em 10 de outubro pelo IBGE, foi feita pelo consultor econômico William Figueiredo, da Future Tank em parceria com a Associação Rio Indústria.

 

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção industrial fluminense também apresentou forte crescimento em agosto (+3,9%). Foi o quarto mês consecutivo de crescimento, assim como julho (+3,4%), junho (+11,5%) e maio (+3,3%). Foi o quinto melhor resultado do país em agosto e bastante superior à média nacional (+0,5%). O crescimento do Rio foi sustentado exclusivamente pelas Indústrias Extrativas (+9,7%), uma vez que as Indústrias de Transformação recuaram (-1,8%).
 

Em 2023, a indústria fluminense avançou 4,1%, enquanto a média nacional caiu


À exceção de abril (-4,0%), a produção industrial fluminense cresceu em todos os meses do ano, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Dessa forma, no acumulado do ano até agosto, a produção industrial fluminense avançou 4,1%, frente ao mesmo período do ano anterior. Foi o quinto melhor resultado do país e bem distinto da média nacional (-0,3%), que observou queda em oito dos 17 estados pesquisados. O crescimento do Rio nesse ano foi sustentado pelas Indústrias Extrativas (+7,6%) e de Transformação (+0,3%).

 

INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÂO

 

Em agosto, a produção fluminense das Indústrias de Transformação recuou 1,8%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Foi o segundo mês consecutivo de queda, assim como julho (-8,5%). Foi o quarto pior resultado do país em agosto e inferior à média nacional (-0,1%). Cabe destacar que as Indústrias de Transformação aqui analisadas englobam 24 atividades que transformam insumos (matérias-primas, materiais e componentes) em novos produtos.

 

Por sua vez, no acumulado do ano até agosto, a produção fluminense das Indústrias de Transformação cresceu 0,3%, na comparação com igual período do ano passado. Foi o sétimo melhor resultado do país e bastante distinto da média nacional (-1,3%), que observou queda em dez dos 17 estados pesquisados. O avanço da produção manufatureira fluminense esse ano foi sustentado por apenas quarto das 14 atividades pesquisadas, a saber: Outros Equipamentos de Transporte (+93,8%) – sobretudo naval; Produtos de minerais não-metálicos (+19,6%) – sobretudo insumos para construção civil; Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+14,5%) – sobretudo combustíveis em geral, GLP e querosene de aviação; e Bebidas (+0,8%) – sobretudo cerveja e refrigerante.

 

Por outro lado, entre as dez atividades industriais em queda no Rio em 2023, destaque para: Produtos de metal (-13,0%), Produtos farmacêuticos (-11,6%), Produtos de borracha e plástico (-11,0%), Veículos automotores (-10,0%) e Metalurgia (-9,0%).

 

INDÚSTRIAS EXTRATIVAS

 

Em agosto, a produção fluminense das Indústrias Extrativas avançou 9,7%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Foi o quarto mês consecutivo de forte crescimento, assim como julho (+15,3%), junho (+18,0%) e maio (+11,0%). Foi o segundo melhor resultado do país em agosto e muito superior à média nacional (+3,8%). Cabe destacar que o conjunto de Indústrias Extrativas analisados pelo IBGE é bem distinto entre os estados, destacando-se em alguns as atividades de extração mineral e, em outros, as de extração de petróleo e gás natural, como no Rio.

 

Por sua vez, no acumulado do ano até agosto, a produção fluminense das Indústrias Extrativas cresceu 7,6%, na comparação com igual período do ano anterior. Foi o terceiro melhor resultado do país e superior à média nacional (+5,7%), que observou crescimento em apenas quatro dos onze estados pesquisados. Cabe destacar que o desempenho fluminense, puxado pela exploração e produção de petróleo e gás, só ficou atrás do Espírito Santo (+16,8%) e Minas Gerais (+8,3%), estados onde predomina a atividade extrativa mineral.