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Programa de Saúde Mental de Itatiaia está sendo restruturado

Nesta quinta-feira, 18 de maio, transcorre o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. A data marca a defesa do fim dos manicômios, com a instituição de uma saúde pública pautada no atendimento humanizado e na liberdade para as pessoas com adoecimento mental. Profissionais do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) I Rubens Alves Viana, de Itatiaia, e usuários participam nesta quarta-feira, em Barra Mansa, do evento Cidade do Inconsciente, no corredor cultural da cidade.  

A atividade, que reúne cidades que integram a RAPS (Rede de Atenção Psicossocial) do Médio Paraíba, vai marcar a passagem do dia de Luta Antimanicomial com uma programação que inclui diversas atrações, como capoeira, artes visuais e caminhada. Em Itatiaia, no dia 31 deste mês, haverá uma caminhada da sede do Caps I até a Casa da Cultura. Será oferecido um lanche aos usuários do programa, que poderão acompanhar apresentações artísticas e participar de atividades culturais. O evento será aberto ao público, em geral.  

De acordo com Rita de Cássia Nogueira, Diretora da Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, o setor vem passando desde dezembro do ano passado por uma reestruturação, com objetivo de melhorar e ampliar os serviços disponibilizados para usuários e seus familiares. Atualmente, em torno de 800 pacientes ativos são atendidos no Caps I, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na Rua Antônio José Pereira, nº 114, na Vila Odete.  

Segundo ela, a unidade, que deve mudar em breve para um local mais amplo, ampliou a equipe de atendimento para três psiquiatras - anteriormente havia apenas um profissional da área. “O Caps I realiza, ainda, semanalmente, cerca de 130 atendimentos, sem contar os usuários pontuais e seus familiares. São atendidos pacientes adultos, além de crianças e adolescentes, com transtornos graves, severos e persistentes, além daqueles com problemas com álcool e outras drogas. Outra boa notícia é que a unidade iniciou o atendimento do público infanto-juvenil”, afirma Rita.  

Ela informa ainda que as atividades do Programa de Saúde Mental incluem oficinas terapêuticas, atendimentos individuais e em grupos, com psiquiatra, psicólogo e profissionais de enfermagem. No espaço há a aplicação de medicação, visitas domiciliares e institucionais, trabalho com adolescentes e acompanhamento dos familiares.  

Outra vertente do trabalho é o Serviço Residencial Terapêutico, coordenada pela profissional Rariane Flôr, onde pessoas que já passaram por longas internações em instituições psiquiátricas, não têm mais vínculos familiares e certo grau de dependência, residem e encontram cuidados humanizados. “A Residência Terapêutica deve, em breve, mudar para um local mais amplo, que poderá acomodar melhor os moradores que residem ali, dando-lhes melhor qualidade de vida. A partir de junho teremos no CAPS I psiquiatra todos os dias. Com isso teremos profissionais de sobreaviso todos os dias no Hospital Municipal para o atendimento de pacientes de saúde mental”, conta Rita.  

Dentro da reestruturação que o Programa de Saúde Mental está passando uma novidade é a disponibilização de atendimento especializado em TEA (Transtorno do Espectro Autista). A profissional Taíza de Oliveira Melo está à frente do trabalho.  

A assistente social coordenadora dos Leitos Hospitalares de Referência em Saúde Mental, Anastácia Melo, destaca que o Programa de Saúde Mental também contempla um Ambulatório Multidisciplinar com assistente social, médico psiquiatra e psicólogo, sob responsabilidade de Ângela Citeli.  

“Temos um protocolo de Acolhimento aos usuários em crise, dentro do Hospital Municipal, com atendimento psicológico de sobreaviso de segunda a sexta e aos finais de semana, com acionamento de sobreaviso de Técnicos de Saúde Mental, para atuar em eventual crise”, salienta.  

O Secretário de Saúde, Luiz Eduardo Saldanha, informa que o atendimento psicossocial está sendo melhorado, buscando aperfeiçoar o trabalho intersetorial e em rede, dando continuidade ao estudo de casos e ampliando o contato com a Atenção Básica. “O processo de reestruturação está adequando os serviços já existentes para melhorar e ampliar o atendimento”, conclui.