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Câmara Municipal de Volta Redonda recebe Audiência Pública sobre a Campanha da Fraternidade 2023

 A cidade de Volta Redonda recebeu nesta quarta-feira, 22, uma Audiência Pública sobre a Campanha da Fraternidade 2023, na Câmara Municipal. O evento reuniu vereadores, secretários municipais, representantes dos deputados estaduais, instituições de ensino e a sociedade civil organizada.

O ato foi promovido pelo vereador Raone Ferreira e contou com a presença de Dom Luiz Henrique, Bispo Diocesano de Barra do Piraí – Volta Redonda; Gisele Almeida, representando a Secretaria de Ação Comunitária (SMAC); Maria da Glória Amorim; Secretária Municipal de Políticas Públicas para Mulheres e Direitos Humanos (SMDH); Raquel Costa, Nutricionista e Maria da Conceição, representando as Pastorais Sociais.

Neste ano, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), escolheu o tema para CF ‘Fraternidade e Fome’ e o lema ‘Dai-lhes vós mesmos de comer”, (Mateus 14, 16). Esta é a terceira vez na história que o tema está relacionado à fome. Em 1975 o tema foi “Repartir o Pão” e, em 1985, “Pão para quem tem fome”.

“O tema da campanha neste ano não é restrito somente a uma religião, mas sim, ao progresso de nosso país. A CF é promovida não só para o âmbito eclesial, ou seja, para a Igreja, e sim, para todas as forças de nossa sociedade. Nada é pautado em ideologias e partidarismos, queremos que todos se envolvam em um projeto comum para o bem da população. Dessa forma, unimos esforços para a solução de um tema”, frisou Dom Luiz Henrique.

Presidente da Audiência, o vereador Raone Ferreira, agradeceu a presença da população na Câmara Municipal. “Na casa do povo volta-redondense, recebemos a presença dos cidadãos para debater este tema em nossa cidade, onde também estamos presenciando esta realidade”, disse o vereador.

Também estiveram presentes na Audiência, o Vigário-Geral, Monsenhor Alércio de Carvalho e o Vigário Episcopal de Volta Redonda, Padre Juarez Sampaio, debatendo o tema no plenário.

Insegurança Alimentar

Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), uma pessoa está em uma situação de insegurança alimentar quando ela não tem acesso regular a alimentos seguros e nutritivos suficientes para o seu crescimento e desenvolvimento e para alcançar uma vida ativa e saudável.

A nutricionista Raquel Costa, na audiência, destaca que metade da população brasileira passa por algum grau de insegurança alimentar. “15%, aproximadamente, 33 milhões de cidadãos estão em níveis extremos de insegurança alimentar. Podemos dizer que, em um dia, uma pessoa não faz nenhuma ou realiza uma refeição com uma carga nutricional deficitária”, revelou a profissional.

 Raquel destaca também, o perigo da fome no desenvolvimento do feto na gravidez, “A mãe que passa por privação alimentar pode ter sérios problemas no progresso formativo do feto. Como consequências, está o nascimento prematuro e com déficit nutricional”, finaliza a nutricionista.

 Hortas escolares

O acesso aos alimentos saudáveis, frutas e hortaliças foi um caminho apresentado durante a audiência. Para isso, projetos em escolas e espaços disponíveis para plantio de alimentos também é uma forma de garantia para uma saúde de qualidade e a redução da insegurança alimentar.

Debate permanente sobre a CF

Na audiência, umas das propostas apresentadas no âmbito municipal foi o debate permanente sobre o tema envolvendo os governos estaduais, municipais e a câmara municipal através de reuniões sistemáticas envolvendo esforços múltiplos para o combate à fome.