Aumento no número de roubos a lojas e sequestros relâmpagos em estacionamentos motivaram o deputado federal Delegado Antonio Furtado buscar soluções para o problema da segurança

                                                                                

Por ser um ambiente fechado, com lojas, câmeras e vigilantes privados, os shoppings centers tendem a passar uma sensação de tranquilidade e segurança para a população. Com isso, as pessoas e lojistas acabam se descuidando e viram vítimas de roubos e sequestros relâmpagos. Essa constatação motivou o deputado federal Delegado Antonio Furtado (PSL – RJ) para a realização da audiência pública que aconteceu ontem (16/12), no plenário 12 da Câmara Federal.

 

– Como delegado de polícia que sou, não posso aceitar ver a população refém do medo e do terror provocado por marginais. Precisamos de ações práticas para resgatar a liberdade das pessoas. Não podemos aceitar ser a violência e o crime quem nos diz onde podemos, ou não, ir. Conversar com os especialistas e profissionais atuantes na segurança dos shoppings é iniciar um processo para termos leis possíveis de trazer mais seguridade para lojistas e visitantes – explicou o deputado federal Delegado Antonio Furtado.

 

De acordo com dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o Brasil registra um número de 601 shoppings em atividade. Desses, 303 estão na região sudeste,  ou seja, mais da metade. Mesmo com a pandemia, no ano de 2020, por mês, 341 milhões de visitantes frequentaram os shoppings. Um fluxo médio de 20 mil pessoas, em cada estabelecimento.

 

– A Abrasce está à disposição do parlamento para contribuir com as propostas legislativas a respeito do tema em análise. É preciso levar em consideração que os shoppings não são lugares de aglomerações, mas de alto fluxo. Temos muitas pessoas circulando durante todo o tempo, mas não todas de uma única vez. Isso interfere nas medidas que precisam ser adotadas – considerou Sérgio Vieira, assessor jurídico externo da Abrasce.  

 

Com relação a crimes nos shoppings centers, em 5 anos foram registrados 303 roubos. Os alvos são, preferencialmente, as joalherias. Outras ações criminosas praticadas estão relacionadas a sequestros relâmpagos nos estacionamentos dos centros comerciais. 

 

– Precisamos considerar os efeitos colaterais dos crimes cometidos nos locais de grande circulação de pessoas. Nos shoppings são mais comuns os roubos a joalherias e lojas de telefonia. Por isso, se existir mecanismos de reconhecimentos faciais e sistema de monitoramento, a ação policial ao crime poderia ser antecipada. Isso também auxiliaria com os crimes que acontecem nos estacionamentos desses locais – considerou Márcio Franco, Delegado de Polícia e Diretor do 1º Departamento de Polícia de Área – DPA.