Empresas investem em equipamentos modernos e softwares de gerenciamento de dados a fim de otimizar o trabalho dos cientistas

Com o objetivo de unir, de forma definitiva, o mundo físico e o digital, grandes empresas têm investido alto em uma verdadeira revolução tecnológica para conectar suas inovações. A Internet das Coisas, como é chamada, está cada vez mais presente em situações do dia-a-dia, ligando as pessoas com a tecnologia através de eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos, meios de transporte e até mesmo em itens de vestuário e dispositivos de segurança. Desde a experiência de gelar uma bebida, passando pela automação de câmeras e lâmpadas, até as situações mais complexas, como a automação de um carro ou de um centro cirúrgico, a ideia é que esses dois mundos se tornem um só. Pensando em toda essa usabilidade, vêm surgindo iniciativas que envolvem, desde startups a mega empresas, para unificar a Internet das Coisas .

Com a pandemia da Covid-19, surgiu o desafio de oferecer soluções digitais para os ambientes ligados desde laboratórios de pesquisa e desenvolvimento ao diagnóstico. Mais que simplesmente uma otimização do trabalho ou um avanço tecnológico, a digitalização de laboratórios se tornou uma necessidade.

"Identificar milhares de tubos de amostras, perder um tempo precioso procurando amostras no ultrafreezer ou em geladeiras, ou até mesmo entender os dados descritos no caderno do laboratório, não podem mais ser tarefa com que o profissional precise se preocupar. Hoje temos softwares e equipamentos que trabalham a nosso favor e nos permitem focar no que realmente importa", afirma a bióloga Luiza Mimura, especialista de produtos da Eppendorf do Brasil, empresa alemã de life science que desenvolve e vende instrumentos, consumíveis e serviços para manipulação de líquidos, amostras e células em laboratórios em todo o mundo.

Luiza explica que o ambiente de laboratório tem sido um dos que mais investem na transformação digital, com a junção de métodos de análise de dados e recursos avançados de manufatura:

"A digitalização de dispositivos e metodologias de laboratório permite que os equipamentos se comuniquem uns com os outros e dá aos pesquisadores mais tempo para se concentrar, por exemplo, nos problemas difíceis que podem, potencialmente, trazer novas terapias para tratar doenças", analisa.

A própria Eppendorf tem inserido em seu portfólio soluções digitais, como o gerenciamento de dados, monitoramento remoto e consumíveis rastreáveis. Um deles, por exemplo, armazena todas as informações das amostras através da moderna codificação Datamatrix, deixando de lado as etiquetas coladas nos tubos. Além disso, essas amostras são armazenadas em dispositivos inteligentes em combinação com softwares, que têm a capacidade de aferir os parâmetros e monitorar seu funcionamento.

"Temos que aproveitar ao máximo o tempo dos profissionais qualificados para o que realmente importa, encontrar soluções para melhorar a nossa qualidade de vida e do mundo em que vivemos. Nossos cientistas e todos os profissionais da área da saúde não podem gastar seu tempo e intelecto com atividades que já possuem automação ou que podem ser gerenciados por um software", pontua Luiza.

A tendência é que a digitalização e a automação dos laboratórios garantam maior qualidade e conformidade, reduzindo erros em atividades manuais, além de permitir uma resolução mais rápida e eficaz dos problemas. No aspecto financeiro, mesmo com o investimento inicial, a promessa é de uma potencial economia com a eliminação do trabalho de documentação manual, bem como da programação para melhorar a utilização de pessoal, equipamento e materiais. Com menos erros manuais, acredita-se que os laboratórios podem reduzir as cargas de trabalho de investigação em até 90%. O aumento da produtividade e a agilidade de agendamento também podem reduzir o tempo de espera do laboratório entre 10% e 20%.

"Quando falamos em investimento, vale lembrar que, como em um plano de telefonia e internet para celular, podemos personalizar o nível de tecnologia para a digitalização. Os produtos da Eppendorf foram pensados nessa flexibilidade. Dependendo da necessidade individual de cada laboratório, é possível assinar ou adquirir mais soluções", finaliza Luiza Mimura.