Programação, alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, contará com panfletagem e cadastro de novos usuários
A Prefeitura de Resende, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, levará o Programa Antitabagismo para a Tradicional Feira Livre de Resende, no Parque das Águas, no bairro Jardim Jalisco, neste domingo, dia 29 de agosto. Haverá uma tenda informativa montada na feira, com dois profissionais da equipe do Programa Antitabagismo, desenvolvido pelo governo municipal, entre 8h e meio-dia. A programação especial, alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, contará com panfletagem de material educativo e preventivo e cadastro de novos usuários que desejam parar de fumar.
Ainda no domingo, dia 29, uma profissional vinculada ao programa fará uma ação de conscientização voltada aos pacientes internados no Hospital Municipal de Emergência Henrique Sérgio Gregori, no bairro Jardim Jalisco.
Devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o programa passou por reformulações, visando atender a demanda com determinadas restrições e adoção de medidas de segurança sanitária. O secretário municipal de Saúde, Tande Vieira, explicou como está funcionando o Programa Antitabagismo.
— Atualmente, o programa, iniciado por volta do ano de 2000, possui alguns polos de atendimento, são eles: sede localizada na Rua Madre Angélica, nº 28, no bairro Jardim Brasília, aberta ao público das 8h às 16h, com horário de almoço entre 12h e 13h30; no Posto Resende; na Policlínica Cidade Alegria; na Unidade de Saúde da Família (USF) Nova Alegria; USF Fazenda da Barra II; e USF Paraíso. O interessado em fazer parte do programa deve entrar em contato com a equipe por meio do celular (24) 99275 1216, momento em que será convidado para um encontro presencial individual com hora agendada. Em seguida, o novo participante será submetido a uma anamnese para a avaliação de seu histórico por um profissional da saúde e, depois, direcionado para o atendimento, que pode ser presencial individual ou em grupos com no máximo cinco pessoas, respeitando todos os protocolos de segurança sanitária. Hoje em dia, o presencial funciona da seguinte forma: após a avaliação, o paciente comparece uma vez por semana à sede do programa ou aos demais polos, com hora previamente marcada para cada sessão, onde recebe atendimento de um profissional da saúde, de acordo com as recomendações feitas pelo Inca (Instituto Nacional do Câncer). Neste caso, a retirada do medicamento acontece na sede ou no polo. Os polos servem como extensão dos atendimentos e para a retirada do kit de adesivos, por exemplo, entregue mensalmente a cada paciente. É importante reforçar que todas as unidades de saúde de Resende, além da sede, estão aptas para a realização do cadastro nos seus horários de expediente, no entanto, os atendimentos ocorrem em polos específicos, com agendamento prévio – destaca.
No começo da pandemia, foi implantada a modalidade semipresencial. Nesta modalidade, após a anamnese e as orientações pertinentes ao tratamento e seus benefícios, o paciente era monitorado por ligações telefônicas e videochamadas de aplicativo de celular uma vez por semana, conforme disponibilidade de horários e agendamentos. O paciente retornava à sede apenas para retirada do kit de medicação. O programa chegou a viabilizar grupos de aplicativo de celular, percebendo que nem todos os participantes aderiram ao formato inovador ou até mesmo tinham facilidade à tecnologia. Diante disso, a equipe buscou outras possibilidades de interação. O Programa Antitabagismo vem retomando as atividades gradualmente, em razão da pandemia. Nos próximos dias, a USF Parque Minas Gerais também passará a oferecer atendimento pelo programa.
COMO FUNCIONA O TRATAMENTO?
O tratamento desta dependência química dura em média três meses, podendo se estender até 12 meses. A equipe multiprofissional é formada por dois enfermeiros e um assistente social. O processo consiste em uma avaliação e abordagem cognitivo-comportamental, mais dois meses de manutenção com sessões estruturadas, com base nos protocolos preconizados pelo Inca.
O processo inclui oferta de adesivo conhecido como TRN (Terapia de Reposição de Nicotina), além de medicação via oral com prescrição médica baseada em avaliação. Vale lembrar que o adesivo serve como controle do tabagismo, pois fornece ao paciente dose de uma das substâncias mais viciantes do cigarro, sem o risco da absorção das outras mais nocivas presentes nele. O adesivo, colocado sobre a pele com orientação profissional, libera nicotina gradualmente. Os resultados dos tratamentos realizados são organizados em planilhas e repassados ao Inca.
Vale lembrar que o programa ganhou visibilidade com a atual gestão, que assumiu no segundo semestre de 2017. No final do ano de 2017, quando começou a normalizar o estoque de medicamentos do Estado do Rio de Janeiro, foram aproximadamente 30 pacientes divididos em grupos. Em 2018, foram contabilizados cerca de 150 pacientes, enquanto, em 2019, 280. Mesmo com a pandemia, em 2020, o programa registrou uma média de 200 atendimentos. Atualmente, o programa possui 80 participantes.