Tribunal atesta que atual gestão
reduziu gastos com a folha de pagamento em 2018, ganhando fôlego para garantir reajustes
salariais de 2019
O
Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE) concedeu, nesta
quarta-feira, 18, parecer favorável à
aprovação das contas da Prefeitura de Resende, relativas ao ano de 2018. A atual gestão,
assim, repete o feito de 2017, com a segunda aprovação consecutiva das ações
fiscais do governo em duas análises. No parecer, o TCE destaca dois pontos
importantes da administração municipal
como positivos para Resende: os gastos com a folha de pagamento e o
nível de endividamento estão dentro da lei e abaixo do limite legal permitido.
Resende, assim, está com folga nestes dois quesitos.
De
acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, a prefeitura pode comprometer até
54% do orçamento para pagar as chamadas despesas com pessoal. Em Resende,
segundo atestou o TCE, esse percentual atingiu o menor patamar dos últimos anos
no terceiro quadrimestre do ano passado. No período analisado, a prefeitura
gastou 48,63% com a folha de pagamento. Com um detalhe: no segundo quadrimestre
do ano este percentual estava em 50,04%. Ou seja, a prefeitura não só se
manteve dentro da lei como ainda reduziu os gastos dentro do próprio ano
analisado. Com isso, houve fôlego para garantir melhorias no salários dos
servidores de carreira em 2019.
Outro
ponto que sempre preocupa as autoridades de uma forma geral, ainda mais em
períodos de crise financeira, é o nível de endividamento das prefeituras. De
acordo com uma resolução do Senado Federal, a Dívida Consolidada Líquida (DCL)
dos Municípios não poderá exceder a 1,2 vezes a Receita Corrente Líquida. Isso
quer dizer que uma prefeitura pode ter um endividamento de 120% sobre o valor
da receita prevista no orçamento. O parecer do TCE mostra que o percentual de
endividamento da cidade atualmente é de -3,54%. Muito abaixo, portanto, dos
120% permitidos por lei.
Boa gestão e investimentos
O
TCE também analisou o resultado financeiro, que é a diferença entre o Ativo
Financeiro e o Passivo Financeiro, podendo ser superavitário ou deficitário. O
TCE comprovou que a atual gestão apresentou um superávit financeiro de R$
55.431.676,03 milhões. O tribunal destacou ainda, no parecer, que o prefeito
Diogo Balieiro Diniz ao assumir o governo encontrou o resultado financeiro com
déficit (no negativo) de R$ 4.166,899,26 milhões. Após o primeiro ano de
mandato, fechou 2017 já no azul, com R$ 29.087.754,20 milhões.
Como
reflexo da sequência superavitária dos anos de 2017 e 2018, a Prefeitura
conseguiu promover melhorias em diversas áreas da administração pública em
2019. No ano corrente, por exemplo, foi implantado o piso nacional do
magistério, assim como o governo conseguiu equiparar o salário base municipal
ao salário mínimo nacional e também garantir um reajuste de 3% para todos os
servidores de carreira. Além disso, obras importantes foram concluídas, como o
acesso ao bairro Jardim do Sol, e outras estão em andamento, como a construção
do Hospital Veterinário e a estrada
Surubi-Bulhões.
Entre
outras realizações, a boa gestão permitiu a renovação da frota, compra de
máquinas pesadas, melhorias na Santa Casa e reforma do Hospital de Emergência.
Postos de saúde e escolas seguiram dentro do projeto de revitalização,
beneficiando a população de uma maneira geral.
Além
dos aspectos técnicos financeiros, o tribunal também avalia se o prefeito
investiu devidamente em Saúde e Educação antes de emitir o parecer. No texto, o
TCE afirma que a Prefeitura de Resende investiu até mesmo além dos 15% da
arrecadação de impostos previstos constitucionalmente para a saúde e também
mais que os 25% obrigatórios em Educação. Cumpriu, com sobras, aquilo que
determina a lei. "Vamos seguir
trabalhando muito, pois apesar dos avanços sabemos que ainda temos muitas
dificuldades para vencer. O parecer do TCE é importante em diversos aspectos,
mas principalmente para mostrar que estamos no caminho certo para manter as
contas da prefeituras equacionadas", disse.