Pelo segundo ano consecutivo escola
investe na cultura do empreendedorismo. Resultados já começam a aparecer entre
alunos e funcionários
Alunos
do Colégio Municipal Padre Anchieta, em Barra Mansa, participaram nesta
terça-feira, dia 8, da II Feira de Empreendedorismo. A atividade teve a
finalidade de preparar cerca de 600 estudantes, do 6º ao 9º ano, para o
desenvolvimento de habilidades empreendedoras, com foco no mercado de trabalho,
geração de renda e na preparação para a vida. Para isso, a Feira contou com
parcerias do Sesc (Serviço Social do Comércio), Senai (Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial), Sesi (Serviço Social da Indústria), Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem
Comercial) e do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto). A abertura do evento,
realizada na quadra esportiva da unidade escolar, teve a apresentação da
Fanfarra do Sesi.
A
feira, segundo os professores organizadores Francio Santiago, Alexandre
Coutinho e Fernanda Rodrigues, busca evidenciar a importância da capacitação e
dos estudos. “A escola integra o Programa de Educação em Tempo Integral, que
tem em sua grade curricular o empreendedorismo. Neste contexto, temos a
oportunidade de trabalhar com nossos jovens assuntos pertinentes, como a
maneira adequada de elaborar um currículo vitae, de se comportar e vestir para
uma entrevista de trabalho. Associada à iniciativa, fomentamos a cultura do
empreendedorismo, seja na área social, informal, digital, de oportunidade, por
necessidade e ainda por cooperativismo”, destacaram.
A
diretora da unidade escolar, Maria Aparecida Xavier, esclareceu que o empreendedorismo é atitude e, portanto possível de
ser ensinado e fomentado na escola. “O empreendedor
é um agente de mudanças e inovações, que identifica oportunidades e busca
recursos para transformar conhecimento em geração de renda. Nas últimas décadas
o mercado de trabalho passou por uma intensa transformação, onde a inovação é o
foco. É isso que trabalhamos com nossos alunos”, ressaltou.
O secretário de Educação, Fernando Vitorino, frisou que a
cultura empreendedora abre um universo de oportunidades. “Essa feira é muito
importante, é um estímulo ao comportamento empreendedor, o qual possibilitar a transformação da vida dos estudantes. Ela
abre e cria chances de crescimento pessoal e profissional. É um desenvolvimento
integral”, disse.
Em
seu segundo ano consecutivo, a Feira já começa a produzir resultados. Giovana
da Silva, 16 anos, aluna do 9º ano, aproveitou as aulas de empreendedorismo
para potencializar seu talento em maquiagem. “Desde pequena me vejo entre
batons, pó compactos, base facial e outros produtos que deixam a mulher mais
bonita. Por enquanto, os makes estão sendo realizados em amigas e familiares,
mas a intenção é me capacitar e a partir de 2020, contribuir com a renda
familiar”, destacou.
As
lições de empreendedorismo também têm sido base de auxilio para os
profissionais da escola. É o caso da disciplinaria Pâmela da Silva Oliveira,
que há dois anos, identificou na confecção de bolos para festas e bolos de
potes a complementação da sua renda salarial. “Comecei com o bolo do meu
próprio aniversário. Aos poucos fui aprimorando a receita e a arte da
confeitaria. O que levava quatro horas para executar, hoje faço, em média, com
uma hora. Quando comparo minha produção inicial e toda a evolução, pois comida
a gente come com os olhos e por isso tem que ser bonita, fico muito
satisfeita”, declarou.
PREPARAÇÃO PARA A VIDA – Durante
a II Feira de Empreendedorismo foram abordados temas de grande relevância
social. O Senai trouxe para os alunos o universo dos cursos profissionalizantes,
a dinâmica do planejamento da carreira e as novas tendências do mercado de
trabalho.
Depressão na adolescência e saúde bucal foram questões esclarecidas pelo Senac. Já o
Sesc trabalhou com oficinas de bijouteria, estética e fotografia. Esta última foi
abrilhantada com uma exposição externa de painéis fotográficos sobre
feminicídio e bullyng. Rodas de conversas sobre diversidade e respeito também
foram promovidas pela instituição.
A
coleta seletiva, incluindo o óleo de cozinha usado, foi o principal tema trabalhado
pelo Saae.