A
pauta do encontro foi a situação das famílias que residem nas casas que
pertencem ao instituto
Em viagem a Brasília,
nesta semana, o vereador Wellington Pires esteve na sede do INSS para buscar
uma solução para os moradores do bairro Vila Independência, em Barra Mansa, que
residem em imóveis de propriedade do instituto. O objetivo foi esclarecer
dúvidas referentes aos valores atribuídos para aquisição dos lotes. A reunião
com o coordenador-geral de Engenharia e Patrimônio Imobiliário do INSS, Thiago
Reis do Espírito Santo, e com o assessor para Assuntos Parlamentares, Alex
Carneiro, aconteceu na última quarta-feira (18).
“Propus
que seja realizada uma audiência pública com as famílias interessadas em
adquirir o imóvel ou simplesmente em obter informações mais precisas sobre esse
processo”, informou Wellington Pires, lembrando que foi procurado recentemente
por vários moradores que se queixavam da falta de transparência e de critérios
para atribuição dos valores.
Mais de 50% dos
terrenos do bairro pertencem ao INSS e foram adquiridos há mais de 60 anos.
Nesse tempo, os moradores arcaram com todos os custos para manutenção, reforma
e, em alguns casos, até construção dos imóveis. As famílias nunca haviam sido
procuradas pelo instituto até 2013, quando algumas começaram a ser notificadas
para adquirirem os imóveis – em alguns casos, o valor inicial proposto foi de
R$ 39 mil com pagamento em 30 dias. Três anos depois, subiu para R$ 87,2 mil.
Um dos moradores chegou a dar entrada, mas não teve condições de arcar com os
valores altos das parcelas, que ultrapassavam R$ 2 mil/mês.
“Enquanto alguns
moradores estão sendo pressionados, outros sequer foram notificados e não
conseguem nem informações no INSS de Barra Mansa. Além disso, alguns pagam
aluguel em torno de R$ 80 e outros pagam uma taxa de ocupação de R$ 13. É muita
diferença”, destacou Wellington, frisando que os imóveis não podem ser cedidos
em decorrência da Lei Federal nº 9.702/98.
Como a maioria das
famílias tem interesse na aquisição dos terrenos, o vereador solicitou que
sejam apresentadas propostas populares que condizem com a realidade dos
moradores. “Eles disseram que conhecem bem o problema daqui, que também
acontece em outras cidades, e que estão empenhados em fazer a desmobilização
desses imóveis, pois a CGU (Controladoria Geral da União) e o TCU (Tribunal de
Contas da União) tem cobrado providências”, ressaltou.
Ao
final da reunião, o coordenador-geral de Patrimônio Imobiliário se comprometeu
a enviar um representante do setor para participar da audiência pública que
será organizada. “Ele disse que podem pensar na formulação de uma proposta para
a venda e que farão a regularização dos imóveis, mas provavelmente só no ano
que vem devido a questões orçamentárias”, esclareceu Wellington. O vereador
também solicitou a atualização das plantas do local, visto que em algumas ruas
a dimensão e posição dos lotes não conferem com o registro atual. Por fim,
agradeceu o deputado Ricardo Pericar (PSL) que intermediou a agenda na
capital.