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Deputados do Rio querem barrar privatização do sistema elétrico brasileiro

 A Comissão de Ciência e Tecnologia da ALERJ, presidida pelo deputado estadual Waldeck Carneiro, em conjunto com a Comissão de Minas e Energia, presidida pelo deputado estadual Max Lemos, fará depois de amanhã (sexta-feira, 13/11), às 10h, no Plenário da Casa Legislativa, a audiência pública “Privatização do Sistema Elétrico Brasileiro”. De acordo com Waldeck, a audiência pública relança um esforço de resistência coletiva de setores do parlamento fluminense, dos movimentos sociais e de especialistas que entendem o caráter estratégico da energia elétrica e querem barrar a proposta de privatização do sistema elétrico brasileiro. 

 “Queremos criar condições para resistir a esta proposta nociva aos interesses do país. Na mesma linha do governo anterior, o governo atual pauta, com centralidade, a privatização do sistema elétrico brasileiro. O Rio de Janeiro precisa ficar atento porque sedia muitas empresas nesta área e essas privatizações suscitam demissões em masa, aumentando o desemprego no Estado', ressalta Waldeck, lembrando que as privatizações também podem acarretar o aumento das tarifas de energia  elétrica.
  Nos Estados Unidos, por exemplo, grande parte das usinas de produção de energia estão sob guarda das Forças Armadas. “Entregar à iniciativa privada as principais empresas do setor, como Eletrobras, Furnas e Chesf, bem como instituições de pesquisa, como o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica – CEPEL -, significa abrir mão de um setor absolutamente estratégico. A gestão das matrizes energéticas, renováveis ou não, devem estar sob o controle brasileiro. Portanto, a soberania nacional, o emprego e a economia estão em jogo”, completa Waldeck. 

 Já Max Lemos corrobora a importância estratégica desta área para o país. “Falar em privatizar o setor elétrico e o patrimônio do povo brasileiro, sem um amplo debate, não é viável. Procuraremos, na audiência, conhecer as informações, de que forma poderá ser feita essa privatização e entender a questão econômica”, afirma o parlamentar.