Advertisement

Barra Mansa vacina 36 mil pessoas contra a febre amarela, em três dias


Com esse resultado, mais de 70 mil pessoas foram protegidas dos anos anteriores até a noite de quarta-feira; meta é imunizar 155 mil pessoas no total

A Secretaria de Saúde de Barra Mansa está intensificando cada dia mais a vacinação contra a febre amarela. Dos anos anteriores até 2016, cerca de 12 mil pessoas foram imunizadas. No primeiro ano de governo do prefeito Rodrigo Drable, a Secretaria vacinou 23 mil pessoas, ou seja, quase o dobro do que os anos anteriores. Em 2018, apenas em três dias de enfrentamento ostensivo à doença, 36 mil moradores do município e de outras localidades foram vacinadas. Com esse resultado, a Secretaria atingiu a marca de 70 mil pessoas protegidas até a noite de ontem.
A meta é vacinar a maioria da população, cerca de 155 mil pessoas. Desse total, ainda falta imunizar 85 mil. Para isto, a Secretaria Estadual de Saúde tem abastecido o município, frequentemente, com doses do imunobiológico. Na terça-feira (16), Barra Mansa recebeu 30 mil doses de vacina. Na quarta-feira, 50 mil. Há perspectiva da chegada de novas doses nesta sexta-feira.
De acordo com a coordenadora do setor de Imunização do município, Marlene Fialho, as constantes informações divulgadas pela mídia têm contribuído para a busca da vacina. “Estamos trabalhando incansavelmente para atender as necessidades de Barra Mansa, e reduzindo o máximo possível o tempo de espera nas filas”, disse.
Fialho ressaltou ainda que todas as unidades de saúde estão disponibilizando a vacina de 8 às 17 horas. Nas Sirenes da Boa Sorte, Vila Nova e 9 de Abril, a vacinação está sendo realizada até às 20 horas. No térreo do Centro Administrativo Municipal Prefeito Luiz Amaral (Campla), entre 17 horas e meia noite.

POPULAÇÃO APROVA CAMPANHA DE VACINAÇÃO
Somente na noite desta quarta-feira, no térreo do Campla foram aplicadas quatro mil doses da vacina. Os moradores têm aprovado a iniciativa do prefeito Rodrigo Drable de disponibilizar a vacina durante o turno da noite para quem trabalha durante o dia.
A cabeleireira Josina Maria Landim elogiou a ideia e o trabalho da Secretaria de Saúde. “Eu achei maravilhoso o atendimento e muito boa a iniciativa de estender o horário para mais tarde, porque, como eu trabalho como cabeleireira durante o dia eu só tenho tempo para vacinar durante a noite”, explicou.
O marmorista Roberto Souza Menezes levou a esposa e os três filhos para vacinar no térreo do Campla na noite de quarta-feira. “Gostei do atendimento, foi rápido e eficiente. O bom é que dá para todos se vacinarem, até quem trabalha de dia”, afirmou. A dona de casa Daniele Oliveira, de 33 anos, também se vacinou e parabenizou a equipe de imunização pela agilidade no atendimento.
A bancária Maria Leite também apoiou a proposta de vacinação até a meia-noite. “Achei excelente essa iniciativa. Na terça eu cheguei às 23h20 e fui rapidamente atendida. Tem ajudado bastante esse horário estendido”, finalizou.

CAUSAS E SINTOMAS DA DOENÇA
A febre amarela silvestre é transmitida pelos mosquitos das espécies Haemagogus e Sabethes, que estão presentes nas matas e beiras dos rios. A doença não é transmitida pelo macaco. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o primata também é vitima do mosquito, assim como o ser humano. A febre amarela é  classificada, segundo seus sintomas:
Febre amarela aguda – ocorre logo no início da infecção. Os principais sintomas são febre, dores, tontura, náuseas e vômitos. Trata-se do estágio inicial da doença, que dura poucos dias.
Febre amarela tóxica - Depois de ter passado pela febre amarela aguda, uma pequena porcentagem das pessoas infectadas desenvolvem a febre amarela tóxica, tipo que põe a vida do paciente em risco. Essa fase dá o nome a doença, pois é caracterizada pela coloração amarela da pele, falência renal e sangramentos.
A febre amarela silvestre é causada por um vírus da família Flavivírus, pertencentes à espécie Haemagogus janthinomys e o Haemamogus leucocelaenus. O período de incubação do vírus é de três a sete dias após a picada.
A transmissão se dá pela picada do mosquito fêmea infectado. O vírus pode infectar seres humanos e alguns primatas (macacos), além de várias espécies de mosquitos. A transmissão ocorre via macaco-mosquito-pessoa ou pessoa-mosquito-macaco. Quando um mosquito pica o ser humano, o vírus entra na corrente sanguínea e circula e se estabelece nas glândulas salivares.

EM INVESTIGAÇÃO - A Secretaria de Saúde de Barra Mansa, em nota oficial divulgada na manhã desta quinta-feira, informou que a morte do paciente Salomão da Silva Chagas, de 19 anos, ocorrida na UTI da Santa Casa de Misericórdia na madrugada do dia 17, está sendo investigada pelo setor de epidemiologia da Secretaria, pela Fiocruz e o Instituto Noel Nutels. Que apesar de não apresentar sintomas de febre amarela, a investigação está sendo feita devido ao surgimento de casos da doença em cidades limítrofes com o município, como Valença e que os resultados dos exames devem ser concluídos no prazo de 15 dias.
A nota afirma ainda que antes de ser encaminhado para a Santa Casa, o paciente deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), onde foi imediatamente atendido e posteriormente transferido para a Santa Casa.
A unidade médica encaminhou o corpo da vítima para o IML (Instituto Médico Legal), que, através de laudo apontou óbito provocado por edema pulmonar e infecção respiratória.