A reunião da diretoria da ACIAP Barra Mansa desta segunda-feira,
dia 14, contou com a participação do secretário municipal de Meio Ambiente,
Cláudio Cruz, o Baianinho, e do major Pablo Lobianco, subcomandante do 7° GBM
(Grupamento de Bombeiros Militares) de Barra Mansa. A convite dos diretores da
entidade, eles foram esclarecer dúvidas sobre algumas exigências para execução
de serviços e liberação de documentos.
O diretor Manoel Duarte questionou o subcomandante
sobre os critérios para emissão do laudo de exigências e do certificado de
aprovação do Corpo de Bombeiros. Ambos os documentos são obrigatórios para
liberação do funcionamento de imóveis com mais 100 metros quadrados utilizados
para abrigar empresas de qualquer segmento. Segundo o major Lobianco, o decreto
federal 897/1976 determina que edificações com mais de 100 metros quadrados
devem apresentar projeto de segurança contra incêndio e pânico.
“Em alguns casos, o decreto também se aplica a
imóveis com menos de 100 metros quadrados, mas a grande maioria das exigências
recai sobre as edificações maiores. Entre 101 e 900 metros quadrados, é necessário
que o projeto seja assinado por um engenheiro responsável. Acima de 900 metros
quadrados, o projeto de segurança contra incêndio e pânico deve ser,
obrigatoriamente, feito por empresa credenciada no Corpo de Bombeiros. A lista
das empresas e profissionais aptos a prestar esses serviços está disponível no
site www.cbmerj.rj.gov.br”, explicou
o subcomandante.
Segundo o capitão bombeiro Eliel Campos, que também
participou do encontro, o poder Legislativo estadual estuda mudanças e atualizações
na legislação com o objetivo de agilizar os licenciamentos. “Sabemos que o
processo atual é demorado. Temos no 7° GBM uma equipe de técnicos para avaliar
os pedidos, mas existem casos em que os processos devem ser encaminhados para o
Rio de Janeiro, pois estão acima da nossa alçada. Existem também os pedidos de
liberação de eventos, cujo prazo para solicitação deve anteceder 45 dias antes
da data programada. Todas essas exigências e prazos podem inviabilizar um
empreendimento ou evento, mas estamos cumprindo o que determina a lei para
garantir a segurança das pessoas”, argumentou Campos.
A presidente da ACIAP BM, Denyse Singulani, sugeriu
que a corporação e a secretaria municipal de Planejamento Urbano sejam
parceiras em um serviço para liberação do funcionamento de imóveis. “A exemplo
do procedimento de consulta prévia exigido pela prefeitura antes do início de
uma obra, seria muito interessante que o Corpo de Bombeiros também pudesse
emitir um parecer prévio sobre as exigências que a edificação deve cumprir.
Dessa forma, a pessoa interessada já saberá o que é preciso levar em conta para
ter o alvará de funcionamento liberado”, sugeriu Denyse, que se comprometeu a
articular um encontro entre a prefeitura e o Corpo de Bombeiros para debater a ideia.
Corte
de árvores – Com relação à autorização para corte de árvores
de espécies nativas, o diretor da ACIAP BM, Vinicius de Azevedo, comentou que,
atualmente, apenas o INEA (Instituto Estadual do Ambiente) tem emitido o
documento de permissão. Esse procedimento foi adotado pelo órgão estadual há
cerca de quatro meses. Antes disso, a secretaria de Meio Ambiente de Barra
Mansa podia emitir a autorização de corte.
“Existe um convênio com o governo do Estado que permite
que o município possa conceder alguns licenciamentos e autorizações, como é o
caso de corte de árvores de espécies nativas. A autorização concentrada apenas
no INEA tem engessado muitos pedidos, o que acaba comprometendo o andamento de
diversas obras na cidade”, argumentou o diretor, ressaltando que o
superintendente do INEA na região foi convidado para dar esclarecimentos na reunião
na ACIAP BM, mas não compareceu.
Segundo Baianinho, a prefeitura tem condições de
conceder a autorização para corte de árvores nativas, pois já conta com
técnicos para permissão de corte de árvores exóticas. “Temos toda estrutura
para realizar esse serviço, mas precisamos chegar a um consenso com o INEA”,
disse. “Vamos novamente enviar convite ao órgão estadual para que envie
representante para nossa próxima reunião. Queremos propor que a autorização
para corte de árvores de espécies nativas volte a ser feita pela prefeitura
para dar celeridade aos pedidos”, finalizou Denyse.