O programa Ciência sem Fronteiras,
estabelecido pelo Decreto 7642/2011, deverá ser regulamentado em lei. A
iniciativa é da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e
Informática (CCT), que apresentou no final do ano passado o Projeto de
Lei do Senado (PLS) 798/2015. O projeto é resultado da avaliação de
políticas públicas desenvolvida pela CCT em 2015.
A
comissão apresentou recomendações aos gestores do programa. A primeira
delas é a continuidade do Ciência sem Fronteiras, apesar das
dificuldades fiscais. Além disso, pede a garantia de recursos mínimos
para honrar os encargos já assumidos e conceder novas bolsas, “de forma a
valorizar projetos estratégicos para o desenvolvimento do país”.
A
comissão também quis assegurar que o programa passe a ser uma política
de Estado e não apenas de governo. Por isso sugeriu o projeto, com
redação similar à do decreto.
Outra
indicação da comissão foi no sentido de que o governo intensifique a
busca por parcerias no setor privado para diversificar as fontes de
financiamento do programa. Propôs também que, em relação às bolsas no
exterior, sejam priorizadas as bolsas para pós-graduação, nas
modalidades doutorado pleno, doutorado sanduíche, pós-doutorado e
mestrado.
O
Ciência sem Fronteiras foi criado em 2011 pelo governo federal para
incentivar a formação acadêmica no exterior. Os alunos brasileiros
recebem ajuda financeira para estudar em universidades de outros países.
Até o final de 2014 foram concedidas 101.446 bolsas de estudo. Destas,
78% foram para graduação sanduíche (parte no Brasil e parte no
exterior). O total gasto com o programa de 2012 a novembro de 2015 foi
de cerca de R$ 10,5 bilhões.
A íntegra do relatório da CCT sobre o Ciência sem Fronteiras está disponível neste link.
Com informações da Agência Senado
Imagem: U.S. Embassy Brasilia/Divulgação
Imagem: U.S. Embassy Brasilia/Divulgação