Diretores do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense participaram nesta quinta-feira (20), na Cinelândia, Centro do Rio, juntamente com integrantes da CUT e outras entidades sindicais, de ato contra o ajuste fiscal do governo federal e entidades políticas ideologicamente ligadas à direita. A manifestação, que ocorreu por todo o país, foi convocada pela Central Única dos Trabalhadores, como forma de mobilizar a população em defesa dos direitos sociais, da liberdade e da democracia, contra a ofensiva da direita e por saídas populares para a crise financeira do país.
Estimativas dão conta de que mais de dez mil pessoas participaram do ato na capital carioca. O presidente do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, Péricles Lameira, o Cabral, disse que a finalidade do movimento foi denunciar a insatisfação popular com a política de ajuste fiscal do governo federal, mas também dizer que a população não vai aceitar os golpes da direita. “A política econômica do governo joga a conta nas costas do povo. Entendemos que ao invés de atacar os direitos trabalhistas, cortar investimentos sociais e aumentar os juros, o governo deva promover ajuste as contas em cima dos mais ricos, com taxação das grandes fortunas, dividendos e remessas de lucro, além de uma auditoria da dívida pública. Também somos contrários às pautas conservadoras e a ataque aos direitos dos trabalhadores, que vem ocorrendo na Câmara dos Deputados, em Brasília. Vimos que o presidente da Casa, Eduardo Cunha também é suspeito de corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava-Jato e que foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal. Então, nós, sindicalistas, estamos aqui hoje para pedir democracia, justiça e apuração dos fatos com rigor para que haja punição”, disse o sindicalista.
Organizadores do movimento disseram ser necessário enfrentar a estrutura de desigualdades da sociedade brasileira com uma plataforma popular. Diante dos ataques, a saída será pela mobilização nas ruas, defendendo o aprofundamento da democracia e as reformas necessárias para o Brasil: Reforma Tributária, Urbana, Agrária, Educacional, Democratização das comunicações e Reforma democrática do sistema político para acabar com a corrupção e ampliar a participação popular.
O presidente nacional da CUT, Wagner Freitas, também criticou Eduardo Cunha. “O presidente Câmara, junto com seus aliados, está metendo a mão em nossos direitos e, isto não podemos aceitar”, ressaltou o cutista, salientando que o movimento também foi por mais empregos e qualidade de vida, em defesa dos programas sociais e da distribuição de renda.