André Corrêa e Edson Albertassi respondem processos na Justiça por abuso de autoridade e por captação ilícita de votos
A poucos meses das eleições, 15 deputados estaduais fluminenses, cerca de 20% da bancada da Alerj, respondem a 23 processos por ilícitos eleitorais. Essas informações foram publicadas nessa semana no jornal O Globo, assinada pela jornalista Leandra Lima. Entre os crimes estão abuso de poder, conduta vedada, captação ilegal de recursos, abuso econômico e captação ilícita de votos, cuja pena prevista é de cassação do mandato ou da diplomação.
Os processos foram iniciados pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) ainda durante a campanha eleitoral de 2010 e correm hoje no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mas os parlamentares conseguiram se eleger e exercer seus mandatos até hoje, sem que o processo fosse concluído pela Justiça Eleitoral.
Dos 23 processos em andamento no TSE, 21 foram julgados improcedentes, entre o final de 2011 e o início de 2012, pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). Mas a Procuradoria Eleitoral recorreu.
Dois deputados foram condenados pelo TRE: Domingos Brazão (PMDB) e Graça Pereira (PRTB), ambos por abuso de poder e uso de centros sociais para a campanha política (conduta vedada pela Lei Eleitoral). Eles também recorreram ao TSE. Dentre os 15 deputados que aguardam julgamento atualmente no TSE estão os peemedebistas Edson Albertassi e Rafael Picciani, além de André Corrêa (PSD), ligados diretamente a nossa região.
Deputados da região sul-fluminense esperam julgamentos
Os deputados André Correa e Edson Albertassi, juntos com o então deputado Jorge Picciani (atual presidente regional do PMDB), foram alvos de ação por abuso de autoridade pela utilização eleitoral do programa Minha Casa Minha Vida. De acordo com o MP, durante fiscalização do TRE em Nilópolis, os fiscais flagraram a entrega de folhetos institucionais da Alerj às pessoas que estavam sendo cadastradas no programa. Correa e Albertassi se dizem tranquilos quanto ao julgamento do TSE.
Em 2010, a PRE do Rio entrou com ação para investigar suposto crime de abuso de poder político e conduta vedada contra o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), o ex-vice-governador Luiz Fernando Pezão – atual governador e candidato à reeleição -, Jorge Picciani, o deputado federal Leonardo Picciani e o deputado Altineu Cortes. Naquele ano, o então prefeito de Italva, Joelson Gomes Soares, e o ex-secretário de Saúde daquele município, Gilberto Willys de Faria, teriam feito uma reunião na sede do governo para pedir a servidores comissionados empenho nas campanhas de Cabral, Picciani e Altineu, como forma de garantir investimentos ao município. Na ocasião, um dos servidores gravou e mandou o conteúdo para o MP.
Picciani também foi alvo de ação do MP, junto com o filho Rafael, por abuso de poder econômico e uso indevido de meio de comunicação social em maio de 2010, quando o então secretário de Governo e Habitação do Guapimirim, Nélson da Costa Mello, realizou um evento em que enalteceu o nome e a imagem dos dois, além da de Leonardo Picciani. Além do ex-deputado Jorge Picciani, os parlamentares Rafael Picciani e Marcelo Simão disseram, por meio de sua assessoria, que foram absolvidos por unanimidade no TRE e o que existe é ‘um recurso do MP tentando mudar essa decisão’.http://avozdopovobp.com/site/2014/07/andre-correa-e-edson-albertassi-respondem-processos-na-justica-por-abuso-de-autoridade-e-por-captacao-ilicita-de-sufragio.html