Jovens brasileiros não têm noções básicas sobre saúde reprodutiva, diz pesquisa
Foram
ouvidos 1.208 jovens com idade entre 18 e 29 anos em 15 estados e no
Distrito Federal. O estudo contou com o acompanhamento da Organização
Pan-Americana da Saúde (Opas) e do Departamento de DST/Aids e Hepatites
Virais do Ministério da Saúde.
Para a coordenadora do Instituto
Caixa Seguros, Alice Scartezini, a falta de conhecimento entre os jovens
brasileiros em relação à saúde reprodutiva provoca sérios impactos na
saúde pública. Ela acredita que os dados explicam, em parte, as
estimativas mais recentes do Ministério da Saúde, que indicam a
realização de 728 mil a 1 milhão de abortos por ano no Brasil.
Ainda
de acordo com o estudo, os resultados também têm reflexo no número de
internações hospitalares – cerca de 240 mil todos os anos, somente no
Sistema Único de Saúde (SUS), para o tratamento de complicações
decorrentes de abortos, gerando gastos da ordem de R$ 45 milhões por
ano.
“O jovem está muito vulnerável, com um comportamento
inadequado para fazer prevenção. No caso da saúde reprodutiva, a gente
percebe que o conhecimento está mais comprometido ainda”, disse Alice.
“A pauta das DST [doenças sexualmente transmissíveis] e da aids entrou
na vida dos jovens. Eles sabem sobre o assunto. Mas, quando se fala em
gravidez, eles respondem com menos segurança”, completou.http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-05/jovens-brasileiros-nao-tem-nocoes-basicas-de-saude-reprodutiva-aponta-pesquisa