Formação dos professores será obsessão do MEC, diz novo ministro
"Nosso objetivo é fazer com que todos os professores tenham garantido
seu direito de formação. Afinal, sabemos que a qualidade do processo
educacional é determinada pela formação dos professores", disse Paim
nesta segunda-feira (3), numa concorrida cerimônia na sede do edifício,
em Brasília. Recentemente, o MEC lançou programa para capacitação de
professores do ensino médio.
Secretário-executivo do MEC há oito anos, Paim irá substituir o petista
Aloizio Mercadante, agora ministro da Casa Civil. O número dois do MEC
deverá ser o atual presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa.
Em seu discurso, Paim defendeu ainda a aprovação do PNE (Plano Nacional
de Educação), em tramitação há quatro anos no Congresso Nacional, e o
Insaes, autarquia que será responsável pela regulação e fiscalização do
ensino superior.
DESPEDIDA
Há dois anos à frente do MEC, Mercadante fez elogios a seu sucessor, e defendeu programas lançados durante sua gestão.
"Paim é um exemplo de funcionário público dedicado, republicano,
competente, eficiente, com pleno domínio de todos os temas do MEC. Tenho
certeza de que o MEC não poderia estar em melhores mãos", afirmou.
O petista ressaltou ainda a importância do Enem e da política de cotas
no ensino superior público. "Consolidamos o Enem como porta republicana
de oportunidade para milhões de jovens brasileiros", disse ele. Para
Mercadante, o modelo anterior representa um "sistema elitizado".
Mercadante afirmou ainda que a política de cotas "resgata uma dívida
histórica com a população mais carente". "Temos que considerar que o
racismo (...) tem que ser combatido com rigor. Ignorá-lo significa
condenar afrodescendentes e outros a concorrer em condições desiguais",
disse.
Emocionado, o petista embargou a voz ao agradecer o empenho de
secretários e servidores do ministério. "Vou sentir saudades do MEC e
das pessoas que a compõem. Este ministério tem alma."
Nesta terça-feira, Mercadante assumirá o comando da Casa Civil - sua
nomeação foi publicada no Diário Oficial da União. A mudança de
ministério acontece dois anos após seu ingresso no MEC, quando
substituiu Fernando Haddad, que saiu do governo federal para disputar a
prefeitura de São Paulo.
Na ocasião, Mercadante afirmou que não usaria o cargo para "trampolim para projetos pessoais ou partidários".
http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2014/02/1407057-formacao-dos-professores-sera-obsessao-do-mec-diz-novo-ministro.shtml