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74 Milhões de Jovens no mundo estão de desempregados!

Nesta quarta (08), em Genebra, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgou um estudo que aponta o quadro da ocupação juvenil em todo mundo, são cerca 74 milhões de jovens, entre 15 e 24 anos, desempregados. Em percentuais essa taxa de desocupação equivale a 12,4% dos 620 milhões de jovens no mundo.
Ao divulgar o relatório “Tendência mundiais do emprego juvenil 2013 – Uma geração em risco”, a OIT ainda destacou a possibilidade de aumento desta de 0,2% até 2018, chegando a 12,8% de jovens desempregados por todo o mundo.
A OIT chama a atenção para o constante crescimento da desocupação dos jovens, que vem ocorrendo desde 2007, quando o nível de desemprego deles correspondia a 11,7%. Segundo a Organização, a situação é preocupante, pois, este constante crescimento se aproxima dos péssimos resultados de 2009, no auge da crise econômica. Na ocasião 81 milhões de jovens estavam desempregados.
Além desse levantamento negativo, a OIT denuncia a preocupação com os jovens que vivem nos países de economia avançada (Europa e Estados Unidos), pois lá, em especial nos europeus, aumenta-se cada vez mais o emprego informal, temporário, de má qualidade, ou trabalhos de subsistência. Esse cenário tem gerado desânimo e protestos contínuos da juventude.
O diretor de Política da OIT, José Manuel Salazar-Xirinachs, chamou a atenção dos países, para que esses passem a investir em políticas de inclusão dos jovens no mercado de trabalho.
“Estes números sublinham a necessidade de centrar as políticas no crescimento, melhorias significativas nos sistemas de educação e qualificação, além de ações contra o desemprego para jovens”, disse Salazar-Xirinachs.
Desemprego por regiões

Segundo o relatório, a taxa de desemprego mais alta em 2012, foi registrado no Oriente Médio, onde 28,3% dos jovens estão desocupados – ou seja, mais de um em cada quatro jovens economicamente ativos. Com esse índice, a projeção para o futuro é alarmante e deve alcançar 30% até 2018.
O norte da África também passa por uma situação extremamente preocupante, com a taxa de 23,7%. Nos Estados Unidos, o desemprego juvenil alcançou a margem de 16,1%. Na União Europeia e países desenvolvidos, o desemprego entre os jovens atinge os 17,9%, a taxa se agrava na zona euro, alcançando os 24%.
Entre os países europeus, a Grécia é o que apresenta maior taxa de desemprego dos jovens, correspondendo a 55,2%. A Espanha aparece em seguida, com 53,1%, acompanhada da Itália, com 35,2% e França, com 23,7%.
Os jovens são os mais atingidos pelas medidas de austeridade fiscal que tentam conter, inutilmente, a maior crise da história do sistema capitalista. A resposta a esta situação não poderia ser outra se não os protestos por toda a Europa e EUA. Na última terça (01), quando se comemorou o Dia do Trabalho, milhares de jovens da Grécia, Itália, Espanha, Portugal tomaram as ruas pedindo o fim da austeridade e mais investimento em políticas sociais.
Em contrapartida, os países latinos se destacam no relatório. Entre 2011 e 2012 a desocupação dos jovens latinos foi reduzida de 17,6% em 2003 para 12,9% atualmente.
Brasil reduz desemprego juvenil
Em 2002, no primeiro ano de mandato do ex-presidente Lula, o Brasil tinha um total de 22,6% dos jovens desempregados, reduziu o índice para 13,2%. O resultado teve uma leve melhora se comparado com 2011, quando a margem de desemprego era de 13,4%. Mas, destaque seja feito, parte dos jovens ainda vivem numa situação de subemprego, com salários baixos e altas jornadas de trabalho.
Alternativas para conter o desemprego
Bandeira da União Europeia (UE) queimada por manifestantes
Segundo a OIT, para reduzir o índice de desocupação dos jovens é preciso enfrentar os desajustes que existem entre a educação e o mercado de trabalho, e apela para que os países coloquem em prática estratégias que permitam avançar rumo a uma formação que responda melhor às vagas disponíveis, com uma visão prospectiva sobre as oportunidades de emprego que poderiam abrir-se no futuro.
Infelizmente a OIT erra feio na proposição para combater o desemprego juvenil. Na Europa, por exemplo, a  falta de acesso a educação de qualidade e de qualificação profissional dos jovens  não é um problema, os altos índices educacionais europeus são conhecidos, o problema do desemprego é a grande crise capitalista que joga nas costas da maioria da população a responsabilidades pelas aventuras do mercado financeiro e dos grandes branqueiros.
Os bancos nos EUA já começam a obter lucro depois da forte queda, esta recuperação financeira só foi possível pelos volumosos recursos transferidos do banco central americano para estas instituições, no auge da crise o  pacote de salvamento para os banqueiros foi de 700 bilhões de dólares, em contrapartida, o desemprego disparou nos últimos anos.http://ujs.org.br/portal/?p=15020