Paralisação começa a partir
da próxima segunda-feira, dia 01, por tempo indeterminado
Mais de 300 funcionários
participaram do ato e a maioria absoluta votou pela rejeição da contraproposta
apresentada pela INB - que ofereceu apenas o IPCA e um aumento do auxílio
creche de 80 para 100% - e pela greve. “Isso
é bem aquém do que esperávamos, por isso optamos pelo movimento paredista.
Gostaríamos de deixar claro, que o sindicato buscou durante todo tempo a
negociação com a empresa e a greve se tornou inevitável pelo descaso que os
gestores conduziram esse processo de renovação do acordo coletivo”, destacou o coordenador
geral do Quimsulf, Jorge Pinho.
Jorge informou que a
proposta do sindicato é que seja concedido tíquete de refeição, que hoje é não
é fornecido; reposição da inflação mais ganho real; adicional de 30% para os
trabalhadores que fazem turno e progressão na tabela salarial. “Sabemos que
algumas demandas, como a progressão na tabela salarial e o fornecimento do
tíquete alimentação, dependem exclusivamente da empresa, pois são administrados
com recursos próprios. Mas nem nisso fomos atendidos”, afirmou.
O coordenador do Quimsulf ressaltou
ainda que a data base dos trabalhadores da INB é novembro e a pauta foi
entregue para apreciação da empresa em outubro do ano passado, que só
apresentou a contraproposta este mês. “Durante esses cinco meses o sindicato
protocolou vários ofícios buscando a negociação para renovação do acordo
coletivo. O diálogo social, ou seja, a busca constante em negociar para não
chegar a um impasse, é premissa do Quimsulf com qualquer empresa”, explicou.
Durante a assembleia, Jorge
informou aos trabalhadores que a greve só começará na próxima
segunda-feira em cumprimento à Lei de Greve, que determina que as paralisações
só podem ser iniciadas de 48 a 72 horas após a empresa ser comunicada. “Por
essa semana ser atípica, com um feriado na sexta-feira, a melhor estratégia é
iniciar a greve na segunda-feira, para não enfraquecer o movimento”, frisou.
Nacional
– Segundo
Jorge, a previsão é de que seja deflagrada uma greve nacional, afetando também
as outras unidades da INB, localizadas em Caetité (BA), Poços de Caldas (MG),
Buena e Rio de Janeiro (RJ). “Vale ressaltar que na unidade de Resende encontra-se
o maior número de trabalhadores numa só unidade da empresa: são cerca de 600
funcionários, de um total de aproximadamente 1,3 mil distribuídos em todas as
unidades”, disse o coordenador do Quimsulf.