Prefeito terá que explicar aos promotores e à Justiça como contratou a empresa Petrobonus para aumentar a arrecadação de royalties; porque teria deixado de fornecer medicamentos a um paciente que faleceu e por que teria desviado recursos da educação e destinado ao duodécimo da Câmara de Vereadores; Zé Renato se defende e diz que sua administração sempre foi pautada na ética, na moral e na legalidade; o prefeiito disse estar tranqüilo
Barra Mansa
O prefeito de Barra Mansa José Renato (PMDB), candidato à reeleição pela Coligação do Bem, correr o risco de ter sua candidatura impugnada por causas dos inúmeros processos que responde junto ao Ministério Público. Ao todo, o prefeito responde por 11 onze inquéritos por improbidade administrativa, sendo que quatro deles já viraram ação cível pública, ou seja, já são processos por improbidade administrativa e o de Nº 67/12 é considerado pela Justiça como sigiloso. De todos os processos que o prefeito responde o que é considerado mais grave por juristas e que pode provocar a inelegibilidade do candidato, é o que envolve o falecimento de Ary Augusto Miller em junho de 2010, por falta de medicamentos. Segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, a Ação Civil Pública por Atos de Improbidade Administrativa celebrou o Termo de Ajuste de Conduta com o município de Barra Mansa em 2010, que não foi cumprido. Segundo o termo, o município se obrigava a fornecer medicamentosa no prazo máximo de 10 dias. Como a prefeitura não cumpriu o termo, o que acabou ocasionando o falecimento de Ary Augusto Miller, que sofria de problemas respiratórios, o Ministério Público requisitou a instauração de inquérito policial por homicídio, visando apurar a responsabilidade criminal, descumprimento da ordem judicial e o óbito. A Consultoria Jurídica da Prefeitura explicou em nota enviada ao Jornal Folha do Interior que ainda não foi informada sobre o processo com relação a falta de medicamentos. As demais ações decorrem do ato de gestão. ‘Quanto ao prefeito Zé Renato, ele tem muita tranquilidade, pois sempre pautou sua conduta com a mais estrita observância aos princípios éticos, morais e legais’.
Segundo informações da Defensoria Pública do Estado, o medicamento determinado sempre foi fornecido regularmente, muitas vezes não foi entregue ao paciente e outras vezes entregue em quantidade inferior ao determinado. O medicamento foi fornecido pela última vez em março de 2009, após intervenção da Defensoria Pública. “Em função da ausência do medicamento, o problema do impetrante foi só se agravando, e ao final seu pulmão secou, tendo que ser imediatamente hospitalizado, e infelizmente faleceu no dia 06 de junho de 2010”, afirma a Defensoria Pública no processo nº 2006.007.006663-3.

Veja a relação dos 11 processos

Segundo certidão emitida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, através das Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva (Núcleo de Volta Redonda), foram localizados os seguintes procedimentos, nos quais José Renato Bruno de Carvalho figura como investigado:
IC 164/09 - Improbidade administrativa – Possível irregularidade praticada pelo prefeito José Renato – locação de automóveis pelo Poder Executivo por valor acima do valor de compra de um veículo novo.
IC 176/10- Improbidade administrativa – Possível contratação irregular da sociedade empresária Iv’ins Modernização Empresarial S/C Ltda (Petrobonus Consulting).
IC 42/11- Improbidade administrativa – Possível descumprimento de Ordem Judicial pelo não fornecimento de medicamentos.
IC 171/10- Improbidade administrativa – Possíveis irregularidades na disponibilização de medicamentos na farmácia Popular.
IC 112/11- Possíveis irregularidades no processo de compra e venda de imóvel pertencente ao municio de Barra Mansa, que tem como locatário o SAAE.
IC 133/11- Improbidade administrativa- Possível desvio de finalidade pelo Prefeito de Barra Mansa- Propagandas custeadas com verbas públicas sem conteúdo de interesse público.
IC 176/11- Improbidade administrativa- Possível desvio de verba destinada à Educação para a Câmara Municipal de Barra Mansa no exercício do ano de 2010.
IC 189/11- Improbidade administrativa – Possível violação do art. 39, 4º da CRFB e art. 16, III, 4º e art. 62, 1º e 2º da Lei Municipal nº 3.965/11.
IC 195/11- Improbidade administrativa – Servidores da comissão permanente de gerenciamento do programa Morar Legal não pertencerem à Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente.
IC 56/12- Improbidade administrativa- Contratação de professores por prazo determinado, na vigência de concurso público, burla à regra do concurso público.
IC 67/12- (Sigiloso).
IC 126/12- Improbidade administrativa- Descumprimento de sentença transitada em julgado (processo nº 0005392-56.2004.8.19.0007http://www.folhadointerior.com.br/v2/page/noticiasdtl.asp?t=Z%C9+RENATO+%C9+INVESTIGADO+PELO+MP+EM+11+PROCESSOS+&id=50820