Esse ano de 2012 marca o centenário de um dos grandes astros da música popular brasileira, Luiz Gonzaga. Por isso, 8ª Bienal da UNE, o maior festival estudantil da América Latina, que acontece no próximo mês de janeiro, será realizado em Pernambuco. Dessa vez a Bienal trará o tema a “Volta da Asa Branca” homenageando o mestre do forró e do baião. O evento busca mostrar a história dos sertões nordestinos e a influência dessa cultura para o país. 

HOMENAGEADO DO EVENTO

Luiz Gonzaga nasceu em uma fazenda chamada Caiçara na zona rural de Exu na Serra do Araripe no estado de Pernambuco no ano de 1912. Além de ser um ótimo cantor e compositor, Gonzaga adorava instrumentos musicais, gostava da sanfona de oito baixos, de zabumba e sempre que podia participava de festas, feiras e forrós.
Ao reencontrar-se com suas raízes musicais, ajudou a plasmar a identidade nordestina no imaginário do Brasil, imprimindo ao acordeon das valsas e tangos, a partir da década de 40 do século XX, uma nova musicalidade. Então, como sanfona, o instrumento adquiriu nova personalidade.
Assim, começou a ganhar destaque na mídia em 1940 com a participação na Rádio Nacional cantando “Vira e Mexe”, primeiro lugar nas paradas. Daí então seus sucessos eram quase anuais: “Baião” e “Meu Pé de Serra” (1946), “Asa Branca” (1947), “Juazeiro” e “Mangaratiba” (1948) e “Paraíba” e “Baião de Dois” (1950).
Luiz Gonzaga é o representante maior da música popular nordestina, ele interferiu decisivamente na trajetória da música brasileira ao introduzir no cenário nacional os ritmos do sertão e do nordeste, como por exemplo, os xotes, baiões e xaxados.