Os atores da companhia teatral Setor de
Áreas Isoladas (SAI) são um bom exemplo. Para pagar as contas, Camila é
animadora de festas e Ada, confeiteira. Rodrigo é professor
universitário e Bresani, fotógrafo. Luiza é formada em psicologia, quer
mais do que tudo ser atriz, mas trabalha como produtora de vídeo.
O ofício de ator, de sonho integral,
virou missão das horas vagas para eles. A pindaíba virou inclusive tema
da peça da companhia “Qualquer coisa compro um ovo”, que saiu de cartaz
recentemente. Montada em um mês, a peça contava com R$ 1.257 em caixa.
Valor disponível para pagar cenário, figurino, iluminação, sonoplastia
e, se possível, os atores.
A falta de recursos financeiros (eles
perderam o edital do Fundo de Apoio à Cultura) fechou a sede do grupo,
suspendeu os ensaios e deixou a peça em banho-maria.
Para driblar a burocracia dos editais, o
ator Mateus Ciucci aplicou a ferramenta do crowdfunding em seu blog
(www.medeixaserartista.blogspot.com), estratégia muito utilizada no
cenário da música. “Abrimos o projeto para arrecadar doações em troca de
privilégios. O público financia a iniciativa e ganha encontros com o
artista, informações especiais e outros benefícios”, explica.
Fonte: Cultura & Mercado