Barra Mansa participará, no mês de maio, de uma campanha para doação de medula. Nesta quarta-feira, dia 06, durante toda a manhã, a assistente social e psicóloga Regina Lacerda, que é coordenadora de campanha externa de possíveis doadores de medula óssea do Redome (Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea), esteve no município fazendo uma visita técnica. O motivo do encontro com representantes da Secretaria de Saúde foi para articular uma parceria entre o órgão e o município e para avaliar se a cidade está apta a participar da campanha de doação de médula óssea. Animada com o que encontrou, a representante do Redome comentou um pouco sobre sua visita.

- Encontrei pessoas realmente empolgadas e comprometidas com o trabalho. Isso motiva a desenvolvermos a campanha de solidariedade no município, pois temos hoje no país uma média de 1,3 mil pacientes aguardando o transplante de medula. A compatibilidade de doadores é de 1 para 100 mil e quanto maior for o nosso banco de dados poderemos salvar mais vidas. Não podemos esperar os doadores espontâneos, temos que ir a campo, buscar estas pessoas e é o que faremos em Barra Mansa nos dias 27 e 28 de maio. Esta será mais uma cidade que vai compor a história de doação de medula no país – comenta Regina.

Ainda de acordo com a assistente social, a expectativa é recolher duas mil amostras de sangue para integrar o banco de dados. “Serão dois dias de trabalho no mês de maio. Na sexta-feira, dia 27, e no sábado, dia 28, das 8h30min às 17h30min, faremos a campanha na quadra do Colégio Verbo Divino, no Centro. Contaremos com uma equipe de 13 profissionais da Secretaria Estadual de Saúde e o apoio da equipe da Secretaria de Saúde do município. Por enquanto as amostras serão coletadas somente num local fixo, mas vou levar a sugestão de utilizarmos o ônibus de coleta externa para atuar em outro local na cidade”, acrescenta Regina, ao informar que a campanha já foi realizada nos municípios de Volta Redonda, Barra do Piraí, Valença e Vassouras.

Podem participar da campanha homens e mulheres com idade entre 18 e 55 anos incompletos, que pesem acima de 50kg, tenham boa saúde e não tenham tido doenças hematológicas e hepatites B e C. No dia da campanha é necessário levar um documento oficial com foto. Quando iniciou os trabalhos em 2001, a Redome tinha um cadastro de 38 mil possíveis doadores. Atualmente, o cadastro já passou da marca de 2 milhões. A intenção da instituição é aumentar este número para que mais vidas sejam salvas. Qualquer dúvida, a população poderá tirar no dia da doação com a equipe do Redome.

O coordenador do Hemonúcleo do município, Flávio Fernandes, reforça a importância da realização da campanha na cidade. “Essa ação é super importante, pois informa as pessoas sobre a doação de medula óssea. É uma campanha ótima, pois, além de divulgar o trabalho da Redome, amplia o número de pessoas cadastradas no banco de dados e proporciona aos pacientes que aguardam o transplante uma nova chance. Não sei estimar o número, mas no município temos alguns possíveis doadores já cadastrados no Redome e pacientes esperando pelo transplante”, conclui Flávio.

Sobre a Redome - Quando não há um doador aparentado (um irmão ou outro parente próximo, geralmente um dos pais), a solução para o transplante de medula é procurar um doador compatível entre os grupos étnicos (brancos, negros amarelos etc.) semelhantes, mas não aparentados. Para reunir as informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas) de pessoas que se dispõem a doar medula para o transplante, foi criado, em 2000, o Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (REDOME), instalado no Instituto Nacional de Câncer (INCA). Desta forma, com as informações do receptor, que não disponha de doador aparentado, busca-se no Redome um doador cadastrado que seja compatível com ele e, se encontrado, articula-se a doação.