Com a aproximação do carnaval, um assunto volta á tona: o HIV. O Ministério da Saúde estima que a incidência do ato sexual durante o carnaval sem o uso de preservativos seja 60% maior do que no restante do ano, principalmente entre jovens de 13 a 19 anos. O número de soros positivo cresce de maneira alarmante na região Sul Fluminense. É o que afirma o responsável pelo programa de combate a Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) da prefeitura, Dr. Alberto Aldet. Segundo ele, um dos fatores que elevou de forma tão bruta o número de casos de HIV foi à banalização do sexo. “As pessoas não mais vêem o sexo como uma forma de carinho e sim uma forma de prazer, sem pensar em mais nada. Aldet ainda diz que, mesmo sabendo dos riscos, os jovens não se importam com o uso do preservativo. “Mesmo tendo a camisinha, muitas vezes ele deixa em casa, na carteira e não se importa em praticar o ato sem ela.”
Em Barra Mansa, que tem aproximadamente 177 mil habitantes, são 470 pessoas infectadas com o vírus HIV e que estão em tratamento pela rede pública. Todavia, o número não apresenta de forma precisa à realidade da doença no município, já que muitas pessoas têm o vírus e não sabem. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, para cada caso conhecido, há dez pessoas que não sabem que têm o vírus. Isso significa que, existem aproximadamente, 5000 pessoas infectadas, o que representa 2,85% da população do município.
Carnaval 2011
BM e VR promovem campanhas pelo uso da camisinha
“Alegria, liberdade e responsabilidade” é o slogan da campanha que a Secretaria Municipal de Saúde de Volta Redonda vai promover no Carnaval 2011, com o objetivo de prevenir as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e a AIDS. As ações desenvolvidas serão focadas na distribuição de material informativo e mais de 30 mil camisinhas.
Em Barra Mansa, a Secretaria Municipal de Saúde vai distribuir cerca de 25 mil camisinhas nos cinco dias de folia.
Índice zero de transmissão entre grávidas e recém nascidos
Nos últimos anos e ainda hoje, o município consegue manter um índice zero de transmissão de Aids de gestantes soropositivo para seus filhos recém nascidos. “Em Barra Mansa, todas as gestantes realizam o exame de HIV durante o pré-natal. Já salvamos a vida de mais de 70 crianças desde 1999. O acompanhamento do bebê de um soropositivo é feito por um período de 1 ano e 9 meses. Se, com quase dois anos, os exames da criança não apresentarem a carga viral positiva, ela é considerada livre do vírus”, explica Alberto.
Fonte:Folha do Interior