Entre os dias 1º e 26, foram emitidos 3.181 alertas para todo o País. No mesmo período do
Brasília (DF) - O envio de alertas de desastres para orientar a população em risco neste mês cresceu 70% em comparação com dezembro de 2024. Entre os dias 1º e 26, a plataforma Interface de Divulgação de Alertas Públicos (Idap) registrou 3.181 alertas emitidos. No mesmo período do ano passado, foram 1.877. A Defesa Civil Nacional utiliza seis ferramentas para informar sobre um evento extremo: Defesa Civil Alerta, SMS, TV por Assinatura, Whatsapp, Telegram e Google Public Alerts. A quantidade de alertas enviados diariamente também cresceu. Em 2025, foram disparados cerca de 120 alertas por dia, enquanto, em 2024, a média foi de 70, refletindo a intensificação do uso dos mecanismos para proteger as pessoas que estão em áreas de risco. “Esse crescimento reflete, por um lado, a maior ocorrência de eventos adversos típicos do período chuvoso e, por outro, o amadurecimento do uso da plataforma Idap pelas defesas civis estaduais e municipais, com maior prontidão para emitir alertas de forma preventiva e mais alinhada aos protocolos de proteção da população”, afirma o secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff. Defesa Civil Alerta A nacionalização do Defesa Civil Alerta reforçou a gestão de riscos no Brasil. Desde dezembro de 2024 até o momento, a ferramenta foi emitida 737 vezes, sendo 620 alertas severos, 83 extremos e 34 de demonstração. As ocorrências de chuvas intensas (454 alertas) e deslizamentos (58) foram as mais frequentes. A tecnologia intensifica a segurança das pessoas enviando alertas sonoros e visuais para os celulares em áreas de risco muito alto, sem necessidade de cadastro prévio. Os alertas aparecem de forma destacada na tela e podem tocar mesmo nos aparelhos em modo silencioso. A ferramenta é gratuita e alcança celulares compatíveis (Android e iOS lançados a partir de 2020) e com cobertura de telefonia móvel com tecnologia 4G ou 5G. O recurso não depende de pacote de dados e funciona mesmo se o usuário estiver ou não conectado ao Wi-Fi. Criado por meio de uma parceria entre o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Ministério das Comunicações (MCom), o Defesa Civil Alerta busca informar a população sobre o risco iminente de desastre e orientar sobre as medidas de proteção a serem tomadas. Os alertas possuem informações sobre o tipo de risco que está prestes a ocorrer e instruções práticas. Tipos de alerta: extremo e severo A Defesa Civil Nacional emite dois tipos de alerta: severo e extremo. No alerta extremo, a urgência é imediata, havendo necessidade de adoção de medidas de autoproteção naquele exato momento. No severo, a urgência não é imediata e a população tem um pouco mais de tempo para se preparar e proteger. No alerta severo, a mensagem chega com um sinal sonoro semelhante a um “beep”. A tela fica do celular bloqueada até que o usuário decida fechá-la. Para receber esse alerta, é preciso acessar as configurações do aparelho. Se o sistema operacional for Android, basta clicar em "configurações", "segurança e emergência", e "alerta de emergência sem fio". No caso de sistema iOS, é preciso acessar as "notificações" e "habilitar as opções de alerta". Nos alertas extremos, a mensagem acionará um sinal sonoro no celular, semelhante a uma sirene, ainda que o aparelho esteja no modo silencioso, o que permite maior eficiência em situações de risco. A tela ficará congelada e só poderá ser liberada pelo usuário ao fechar a notificação. Para isso, os celulares possuem a configuração ativada, sendo impossível desativá-la.
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