O Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro manifesta profunda indignação diante da agressão sofrida por uma vendedora da marca WePink no último domingo, em um shopping no bairro Cachambi. A trabalhadora foi atacada por três mulheres após reclamações sobre o tempo de atendimento no quiosque. Imagens registradas no local mostram a funcionária sendo agredida sem possibilidade de defesa, chegando a perder a consciência e retirada de maca. A vítima está com o rosto gravemente machucado e recebe acompanhamento psicológico.
 

O presidente do Sindicato, Márcio Ayer, informa que o shopping será notificado para explicar a falta de atuação imediata da equipe de segurança. A entidade acompanha o caso e presta suporte à trabalhadora.
 

O episódio, embora chocante, não está isolado da realidade vivida pelos comerciários. A agressão física escancara um problema mais amplo. A categoria convive diariamente com violências menos visíveis, porém igualmente graves. Entre elas estão jornadas exaustivas no regime 6×1, pressão constante por metas cada vez mais abusivas, assédio moral, cobranças humilhantes e ambientes de trabalho que normalizam o adoecimento emocional. Muitas empresas tratam o trabalhador como peça descartável e ignoram que a exaustão e o estresse crônico abrem espaço para conflitos e situações de risco.
 

O Sindicato reforça que a agressão à vendedora não pode ser vista como um caso isolado, e sim como o ponto extremo de uma cadeia de desrespeitos. A entidade exige responsabilização das agressoras, apuração rigorosa da conduta do shopping e compromisso das empresas com condições de trabalho que preservem a dignidade dos comerciários.
 

O cenário só muda quando a sociedade reconhece que a violência contra trabalhador não se resume à agressão física. Exploração e pressão abusiva também ferem e adoecem. O Sindicato seguirá mobilizado para garantir proteção, respeito e condições justas para todos os profissionais do comércio.