Encontro no Parque da Saudade reuniu representantes de órgãos ambientais, universidades e sociedade civil para debater o plano de manejo

A Prefeitura de Barra Mansa sediou nesta terça-feira (02), no auditório do Parque Natural Municipal da Saudade, a 2ª Reunião Ordinária de 2025 do Conselho Gestor da Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) Floresta da Cicuta. A unidade de conservação possui 85% de sua área em território barra-mansense. O encontro, conduzido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), teve como pauta três pontos principais: a capacitação sobre o Plano de Manejo da Arie, a apresentação e apreciação do Plano de Ação para o biênio 2025/2026 e a renovação da Câmara Temática de Acompanhamento do Plano de Manejo.
O Conselho Gestor da Arie é formado por representantes do ICMBio, Inea, secretarias de Meio Ambiente de Barra Mansa e de Volta Redonda, universidades (UFF/VR, UniFOA, UGB e Nova UBM), Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), além de entidades como a CSN, associações comerciais, sindicatos, conselhos municipais, movimentos ambientais e organizações da sociedade civil.
Durante a reunião, também foram compartilhados informes gerais, reforçando o diálogo entre conselheiros e ampliando a participação social no processo de gestão da unidade.
As normas previstas no plano de manejo reforçam a proteção da unidade, estabelecendo que a colocação de infraestrutura só será permitida quando voltada ao monitoramento, fiscalização e pesquisa científica. Com proibições em relação aos eventos competitivos ou esportivos que utilizem veículos ou animais como meio de transporte e para a zona de recuperação. O objetivo é restaurar áreas degradadas, aproximando o ecossistema e a fauna silvestre de sua condição original.
O analista do ICMBio, Sandro Leonardo Alves, destacou a importância da zona de amortecimento. “Ela tem a função de reduzir as pressões externas sobre a unidade de conservação. Isso não significa proibir atividades, mas sim adequá-las para evitar impactos negativos. Em uma área pequena e já bastante impactada como a Floresta da Cicuta, qualquer intervenção pode gerar grandes consequências. Por isso, o plano de manejo traz medidas claras para garantir o equilíbrio entre preservação e uso sustentável”, explicou.
Já o conselheiro titular Vinícius Vieira, representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Barra Mansa, ressaltou a necessidade da gestão integrada. “A Arie é um patrimônio ambiental que precisa ser cuidado de forma conjunta. Por ter 85% de sua área em Barra Mansa e os acessos em Volta Redonda, a gestão bino municipal é essencial para alinhar ações em prol da preservação. Essa união fortalece as políticas ambientais e contribui diretamente para a qualidade de vida da população”, concluiu.