Mostra pop-up marca o lançamento da série homônima, apresentando a obra e o pensamento dos artistas Ronald Duarte, Carla Santana, Marcelo Conceição, arorá e Eleonora Fabião

 


 

Nos dias 28, 29 e 30 de agosto de 2025, será apresentada a exposição pop-up “Crua”, na Abapirá, que marca o lançamento da série homônima, que apresenta, de forma inédita, o pensamento de cinco artistas visuais fluminenses – Ronald Duarte, Carla Santana, Marcelo Conceição, arorá e Eleonora Fabião. Dirigida e idealizada por Ana Pimenta e João Marcos Latgé, Crua tem um formato livre, estimulando a criatividade dos artistas e apresentando ao público seus pensamentos e obras. “Crua pretende ser uma janela para o mundo de cada artista”, afirmam os diretores. O projeto é apresentado pelo Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Política Nacional Aldir Blanc.

 

A exposição será montada de forma instalativa, com cinco telas e uma projeção. No dia 30 de agosto, os artistas e os diretores participarão de uma conversa com o público, às 15h, na qual falarão sobre seus processos criativos e sobre a série. Ampliando ainda mais o acesso, a partir do dia 9 de setembro, os episódios serão lançados semanalmente nos perfis no Instagram e no YouTube @crua_arte, na seguinte ordem: Ronald Duarte (dia 9 de setembro), Carla Santana (dia 16 de setembro), Marcelo Conceição (dia 23 de setembro), arorá (dia 30 de setembro) e Eleonora Fabião (dia 7 de outubro).

 

A cada episódio, um artista diferente é convidado a se colocar diante da câmera. O formato segue apenas algumas regras: câmera fixa, enquadramento frontal e centralizado, luz natural, som direto, edição sem cortes, com duração de 2 minutos. Os artistas têm liberdade para se expressarem da maneira como quiserem, sem regras ou roteiros. Os cenários são sugeridos pelos próprios artistas, podendo ser o ambiente de trabalho ou qualquer outro espaço significativo para eles.

 

“Crua provoca os artistas participantes a inventarem o enunciado e a responderem como quiserem: por meio da linguagem, do gesto, da performance ou simplesmente estando diante da câmera. Esperamos o inesperado”, afirmam Ana Pimenta e João Marcos Latgé.

 

Crua é um projeto original, enraizado em vertentes do cinema documental nacional, com referências no cinema de Eduardo Coutinho, sobretudo em filmes como Jogo de cena (2007), As canções (2011) e Últimas conversas (2015); nas videocabines de Sandra Kogut, projeto dos anos 1990, que convidava transeuntes a gravarem um depoimento de 30 segundos em vídeo, sem qualquer orientação quanto ao tema; e mais notadamente nos screen tests de Andy Warhol, que nos anos 1960 filmou vários de seus amigos artistas em estúdio, sempre em close-up frontal e com a duração aproximada de 3 minutos (equivalente a um rolo de filme).

 

SOBRE A SÉRIE

 

EPISÓDIO 1: Ronald Duarte apresenta uma ação inédita realizada no galpão da Escola de Belas Artes da UFRJ, na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro. A performance é intitulada Oroboro. Nela, o artista desenha e acende um círculo de pólvora ao redor da raiz de uma árvore, sobre um tapete com a imagem de uma serpente mordendo a própria cauda.

 

EPISÓDIO 2: Carla Santana nos mostra seu ateliê e o início da preparação de tintas e pigmentos naturais utilizados em seu trabalho, produzidos artesanalmente por ela e sua equipe a partir de minérios brutos coletados em Minas Gerais. “Quis mostrar uma parte do processo de ateliê que não é vista ou as pessoas pouco imaginam: a preparação das tintas e dos pigmentos naturais que utilizo. Essa etapa, onde há quebra, peneira, misturas, é como um confronto com a matéria que constitui a minha obra. Um tempo antes da escultura, antes da pintura. O convite para participar do projeto chega em um momento em que estou experimentando novas cores e texturas. Até aqui, vinha trabalhando com a argila, que é mais fluída; agora, estou refinando pedras, o que representa outro grau de proximidade com a matéria. É uma mudança importante, parte da minha pesquisa atual com os materiais. Acabei de voltar de uma viagem de pesquisa pelo interior de Minas Gerais, e a série também capta o trabalho com as pedras e os minerais coletados por lá”, diz a artista.

 

EPISÓDIO 3: Marcelo Conceição  nos apresenta sua casa-ateliê em Niterói. Acompanhamos a produção de uma de suas esculturas, que reaproveitam materiais coletados nas ruas e gravetos de bambu.

 

EPISÓDIO 4: arorá apresenta seu espaço de trabalho no centro do Rio de Janeiro e nos leva a acompanhar a realização da pintura Lotus de Ferro (2024-25), feita com tinta a óleo, bastão oleoso e prata sobre tela. A obra de grandes dimensões, 180 x 180 cm, ocupa o quadro enquanto vemos a artista preencher de branco a parte inferior da tela, banhada pela luz do sol. 

 

EPISÓDIO 5: Eleonora Fabião apresenta uma performance inédita da série singelas, realizada no Largo da Carioca, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Pela manhã, em frente ao Relógio da Carioca, a artista manipula dois pequenos espelhos que enquadram elementos da paisagem da cidade. A ação marca um retorno do programa performático da artista após outras realizações na Avenida Rio Branco, também centro do Rio de Janeiro, e nas ruas do East Village, Nova York, ambas em 2017.

 

SOBRE OS DIRETORES

 

Ana Pimenta (Rio de Janeiro, 1996) é produtora cultural formada pela UFF, com intercâmbio acadêmico em Culture Management na Vilnius University (2020), Lituânia. Atua na elaboração e gestão de projetos, com foco em exposições e livros de arte. Foi produtora na galeria Nara Roesler Rio e integrou a equipe de exposições realizadas no Sesc Pinheiros, Futuros (antigo Oi Futuro Flamengo), Sesc Belenzinho, CCBB Rio de Janeiro, entre outros espaços. Co-editou com Clara Gerchman o livro "Rubens Gerchman: recordes de um legado" (Afluente, 2024) e foi assistente editorial dos livros "Volume 3: Raul Mourão” (Automatica Edições, 2022), "Arte Bra: Eleonora Fabião" (Automatica Edições, 2021). Está cursando o mestrado em Artes Visuais na EBA-UFRJ. 


João Marcos Latgé (1996) é natural de Niterói, RJ. Formado em Cinema pela PUC-Rio e mestre em Artes Visuais pelo PPGAV/EBA-UFRJ. Em 2018, durante intercâmbio acadêmico na Filmakademie Baden-Württemberg (Ludwigsburg, Alemanha), realizou o curta-metragem Ghost story sobre o Cais do Valongo. O filme foi exibido no FURORE Internationales Festival für junges Theater no mesmo ano. Já trabalhou na produção de festivais de cinema como Anima Mundi (2019) e Festival do Rio (2019 e 2021). Desde 2021 atua como realizador de vídeos independente, atendendo a artistas visuais e galerias de arte contemporânea. Já filmou nomes como Luiz Zerbini, Iole de Freitas, Lucia Laguna, Ana Almeida, Vik Muniz, Josh Callaghan, entre outros.

 

Serviço: Exposição Crua

Abertura: 28 de agosto, das 16h às 21h

Exposição: 28, 29 e 30 de agosto de 2025

Conversa com diretores e artistas: 30 de agosto de 2025, às 15h

Local: Abapirá - Rua do Mercado 45, Centro – Rio de Janeiro

Funcionamento: 28 de agosto, das 16h às 21h, dias 29 e 30 de agosto, das 11h às 19h
Entrada gratuita

Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Política Nacional Aldir Blanc

 

A partir de setembro, os episódios serão lançados semanalmente nos perfis no Instagram e no YouTube @crua_arte:

· Dia 9 de setembro de 2025 – Ronald Duarte

· Dia 16  de setembro de 2025 – Carla Santana

· Dia 23 de setembro de 2025 – Marcelo Conceição

· Dia 30 de setembro de 2025 – arorá

· Dia 7 de outubro de 2025 - Eleonora Fabião