Cia do Médico utiliza especialistas remotos para ampliar a qualidade do cuidado médico presencial
Em um cenário onde cirurgias são realizadas à distância com o auxílio de robôs, a teleinterconsulta, quando médicos especialistas emitem pareceres técnicos remotamente, se consolida como uma das soluções mais eficientes e acessíveis para a saúde ambulatorial no Brasil. Em 2020, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou o uso da teleinterconsulta como cobertura obrigatória pelos planos de saúde, em resposta à pandemia de COVID-19. Ainda assim, muitos pacientes e até profissionais da saúde desconhecem ou ainda não utilizam esse recurso, que pode melhorar significativamente o tempo de resposta, a qualidade dos atendimentos e o acesso a especialistas. Uma pesquisa feita no ano passado pelo Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), apontou que 44,1% dos entrevistados observam a teleinterconsulta como vantajosa, destacando-se o intercâmbio de saberes. Além disso, 42,5% afirmaram que o recurso tecnológico auxilia na redução do tempo de espera. O médico Antonio Carlos Junior, diretor da Cia do Médico, rede de clínicas médicas que tem em seu core business um modelo de programa de acompanhamento médico acessível e que faz uso da teleinterconsulta, afirma que esse mecanismo é o pilar mais promissor da medicina colaborativa, pois conecta médicos generalistas e especialistas de forma inteligente, eficiente e centrada no cuidado contínuo do paciente. “A teleinterconsulta não é o futuro, ela já está acontecendo. Questionar a eficácia desse modelo é ignorar o avanço da tecnologia e da própria cultura médica. Se o paciente confia no seu médico de referência, ele confia no parecer remoto. O que determina a aceitação do modelo não é a tecnologia em si, mas a experiência que ele tem na clínica física”, explica Antonio. Segundo o diretor da Cia do Médico, o atendimento presencial é realizado por profissionais da atenção primária à saúde, que acompanham o paciente ao longo do tempo. Quando necessário, especialistas entram remotamente para emitir pareceres técnicos, com agilidade, sem burocracia e sem a necessidade de deslocamento para outra unidade ou cidade. “Nós unimos o melhor dos dois mundos: o acolhimento humano no atendimento local com a expertise técnica de especialistas remotos. O resultado é mais resolutividade, menor custo e maior acesso à saúde de qualidade.” Estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que mais de 50% dos pacientes em sistemas de saúde presenciais poderiam ser resolvidos na atenção primária, com suporte especializado remoto. Isso reduz o número de encaminhamentos, evita filas e torna o cuidado mais eficiente. Apesar de já regulamentada, a teleinterconsulta ainda é subutilizada. Para Antonio, isso se deve à falta de informação, tanto por parte dos pacientes quanto dos profissionais. Por isso, ele defende que é hora de acelerar a adoção desse modelo, quebrar mitos e levar informação de qualidade para toda a população. “A tecnologia não substitui o médico. Ela amplia suas possibilidades. E, quando usamos isso a favor da saúde, todo mundo ganha”, finaliza. Cia do Médico Fundada em 2020, a Cia do Médico é uma rede de clínicas médicas que tem em seu core business um modelo de programa de acompanhamento médico acessível, além de consultas e exames avulsos. A marca conta com um programa de acompanhamento anual por (R$ 90,00/mês), com uma junta de médicos de referência com 5 especialidades sem custo adicional, além de mais de 30 especialidades disponíveis na rede. Com quatro unidades no Rio de Janeiro, a marca estreou no sistema de franchising em 2024, e acaba de lançar um novo modelo de clínicas afiliadas, sem perda de autonomia e flexibilidade local. No seu modelo de franquia, a rede conta com duas opções: a light, para espaços com até 600 m² e a full ou unidades medical center, com até 2mil m². |