Com o Instituto Marielle Franco como um dos protagonistas, ato acontece no dia do aniversário de Marielle, e marca mobilização por direitos, memória e democracia e também uma preparação para a Marcha Nacional que acontece em novembro, em Brasília

No próximo domingo, 27 de julho, milhares de mulheres negras ocuparão a orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, na 11ª edição da Marcha das Mulheres Negras, reafirmando sua luta histórica contra o racismo, o machismo, a violência política e pela construção de um país mais justo para quem carrega, há séculos, o peso das desigualdades.

 

Mais do que um ato, a Marcha é parte fundamental do calendário de mobilização nacional das mulheres negras. É um passo preparatório para a Marcha Nacional das Mulheres Negras, que acontecerá em Brasília, em novembro, mobilizando caravanas de todo o Brasil - com o objetivo de ocupar a capital do país com mais de 1 milhão de mulheres negras em marcha pelo bem viver.

 

Em um país onde 66% das mulheres assassinadas são negras e onde 63% das famílias chefiadas por mulheres negras vivem abaixo da linha da pobreza, a Marcha reafirma que é impossível discutir democracia, violência, economia ou direitos humanos sem ouvir essas vozes. São elas parte fundamental da base que sustenta o país, mas seguem invisibilizadas.

 

Instituto Marielle Franco na Marcha e na defesa das mulheres negras

 

O Instituto Marielle Franco é um dos protagonistas na Marcha das Mulheres Negras do Rio, mobilizando organizações, coletivos e lideranças para garantir que as vozes negras das periferias ocupem as ruas - e as estruturas de poder. Desde sua fundação, o Instituto cumpre a missão de dar voz, proteger e impulsionar essas mulheres que movem as estruturas para que a democracia chegue, de fato, a todas.

 

Julho, mês das mulheres negras e aniversário de Marielle Franco, é simbólico para o Instituto, que nasceu para transformar em ação o legado de Marielle. Além de estar à frente da Marcha, o Instituto inaugura a Escola Marielle de Comunicação, que abre suas portas no dia 25 de julho no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais - IFCS/UFRJ, para formar jovens comunicadores negros das favelas, e instalará a escultura de Marielle Franco, produzida por Paulo Nazareth, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ, no dia 28 de julho - símbolos de memória, resistência e continuidade.

 

É também neste mês de julho (dia 25) que o Instituto dará posse a Luyara Franco, filha de Marielle, na direção geral da organização, fortalecendo o compromisso de inspirar, conectar e potencializar novas gerações de mulheres negras, periféricas e LGBTQIA+.

 

A importância da Marcha para toda a sociedade

A Marcha das Mulheres Negras é uma pauta que une potência política, cultura, mobilização popular, memória, futuro e emoção. É uma história viva, pulsante, com imagens fortes, depoimentos necessários e que revela números que o Brasil não pode mais ignorar.

 

Uma cobertura com reportagens de profundidade é essencial para que o país entenda que não há democracia sem as mulheres negras - e para que milhões de brasileiras vejam suas lutas estampadas em rede nacional.

 

O Instituto Marielle Franco coloca sua equipe à disposição para facilitar entrevistas, bastidores, personagens, dados e toda a estrutura de apoio para a cobertura da Marcha, da Escola Marielle e da instalação da estátua - marcos de julho que reafirmam: as mulheres negras não serão silenciadas.

 

SERVIÇO

11ª Marcha das Mulheres Negras do Rio de Janeiro
Data: Domingo, 27 de julho de 2025
Horário da concentração: 10h
Local: Praça do Lido, com caminhada até a Praça Almirante Júlio de Noronha - Copacabana, Rio de Janeiro