Deputado federal Felipe Becari quer incluir tratamento para lipedema no SUS
e no rol da saúde suplementar
 O deputado federal Felipe Becari (União-SP), membro da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados, quer que as mulheres que sofrem com o lipedema possam ser atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela saúde suplementar no Brasil. Atualmente, uma em cada 10 mulheres padece com a doença e não tem atendimento garantido pelo governo ou no rol obrigatório dos planos particulares.


O Projeto de Lei protocolado por Becari corrige essa exclusão e passa a atender cerca de 9 milhões de brasileiras que atualmente enfrentam o lipedema. O PL 968/25 cria a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Lipedema para garantir o diagnóstico precoce, o acesso ao tratamento multidisciplinar, a terapias adequadas e protocolos clínicos específicos.
 

Junho é o mês de Conscientização do Lipedema, uma doença inflamatória crônica e progressiva do sistema linfático e adiposo (gorduroso). Tem como característica o acúmulo excessivo de gordura nas pernas e, em alguns casos, nos braços. É uma patologia que compromete a qualidade de vida, levando à perda de mobilidade e a transtornos psicológicos e psiquiátricos. Demanda tratamento multidisciplinar com cirurgião vascular, cirurgião plástico, endocrinologista, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo e ginecologista e controle por toda a vida.
 

A Organização Mundial da Saúde - OMS reconheceu o lipedema como uma doença em 2019 e o incluiu na CID-11 em 2022. Já no Brasil, as mulheres dependem da aprovação do Projeto de Lei 968/25 para passarem a ter direito ao tratamento da doença.
 

Becari trabalha para que o Projeto de Lei seja aprovado em caráter de urgência na Câmara dos Deputados. O deputado federal é formado em Direito e tem cinco especializações em Perícias Criminais, Civil, Penal e Processual Penal, Administrativo e Humanos. É também educador físico com especialização em nutrição desportiva.