Especialista alerta para as consequências legais, operacionais e financeiras da negligência em Saúde e Segurança do Trabalho e reforça a importância da cultura preventiva nas empresas brasileiras.

A falta de investimento em Saúde e Segurança do Trabalho (SST) pode representar não apenas um risco jurídico para as empresas, mas um verdadeiro colapso operacional e reputacional. Em um cenário empresarial cada vez mais regulado, competitivo e exposto à fiscalização digital, não dar a devida atenção às normas de SST pode custar muito mais caro do que se imagina. Além de multas e autuações, os empregadores enfrentam afastamentos constantes, queda significativa na produtividade, aumento de passivos trabalhistas, judicializações e danos irreparáveis à imagem institucional.

Para o Dr. Marco Aurélio Bussacarini, especialista em Medicina Ocupacional pela USP e CEO da Aventus Ocupacional, empresa referência na área, o problema vai muito além das penalidades financeiras: trata-se de uma responsabilidade ética e social que impacta diretamente a sustentabilidade dos negócios. “As empresas que negligenciam a saúde e segurança de seus colaboradores não estão apenas correndo riscos legais, mas comprometendo a integridade das pessoas e a longevidade de suas operações”, afirma Bussacarini.

Segundo ele, ainda há gestores que veem a SST como um custo adicional, quando na verdade é um investimento estratégico. “Estamos falando de uma área que reduz riscos, evita prejuízos, melhora o clima organizacional, fideliza talentos e torna o ambiente de trabalho mais saudável e produtivo. Negligenciar isso é comprometer o presente e o futuro da empresa”, completa o CEO da Aventus.

O preço da negligência

Empresas que ignoram a importância de investir corretamente em SST podem estar acumulando riscos silenciosos. O impacto não se limita à esfera trabalhista — há também prejuízos patrimoniais, divisionamento de recursos, e até comprometimento da operação. A desorganização na gestão de saúde e segurança abre brechas para fiscalizações intensas e multas de alto valor.

De acordo com dados do Ministério do Trabalho, as infrações mais comuns envolvem a ausência de programas obrigatórios — como o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) e o PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) — além do não fornecimento de informações ao eSocial, ferramenta que unificou o envio de dados fiscais e trabalhistas ao governo.

Com a digitalização das obrigações legais, a fiscalização se tornou mais ágil e precisa. Isso significa que falhas, omissões ou ausência de dados são rapidamente detectadas e penalizadas com mais rigor.

As multas mais recorrentes em SST, segundo a legislação, incluem:

  • Falta de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT): R$ 7.500 por caso não informado;

  • Não realização de exames ocupacionais (S-2220): R$ 4.000 por funcionário;

  • Omissão de exposição a riscos (S-2240): pode chegar a R$ 300 mil;

  • Descumprimento de programas obrigatórios como PCMSO, PGR e LTCAT: entre R$ 5.000 e R$ 356 mil.

Esses números mostram que negligenciar ações básicas pode representar prejuízos diretos, muitas vezes evitáveis com uma estratégia de prevenção e gestão.

Consequências ocultas que afetam o dia a dia da operação

Para além das multas, a ausência de um planejamento preventivo eficaz gera um ciclo de improdutividade e riscos internos. “Quando a empresa não tem um programa estruturado de saúde ocupacional, os afastamentos se tornam frequentes, o absenteísmo aumenta e a produtividade desaba. Isso gera sobrecarga para outros colaboradores, perda de qualidade no serviço e um ambiente de trabalho cada vez mais inseguro”, alerta Bussacarini.

Segundo o especialista, investir em SST é também uma forma de valorizar o capital humano e reter talentos. Ambientes seguros e organizados tendem a ter menos rotatividade, maior engajamento e clima organizacional mais saudável. “O cuidado com o colaborador gera retorno direto para o negócio, reduz riscos de passivos trabalhistas e melhora a percepção da empresa perante clientes e parceiros”, reforça.

A importância da liderança no processo de mudança

Para Bussacarini, transformar a realidade da SST nas empresas passa, necessariamente, pela conscientização da liderança. “É preciso que os gestores entendam que cuidar do colaborador é cuidar da empresa. SST não é burocracia: é estratégia, é gestão de risco e é respeito ao ser humano”, afirma.

A Aventus Ocupacional atua com uma gestão completa em saúde e segurança do trabalho, oferecendo soluções integradas que incluem desde a elaboração e implementação de programas legais até o monitoramento de indicadores de saúde e produtividade. A empresa também conta com ferramentas digitais, como plataformas EAD para treinamentos online e acompanhamento em tempo real das ações.

Sobre Dr. Marco Aurélio Bussacarini

Graduado em Medicina pela UNICAMP e especialista em Medicina Ocupacional pela USP, Marco Aurélio Bussacarini é médico, empreendedor e especialista em administração hospitalar e gestão de empresas, com um histórico robusto tanto no setor público quanto privado. Sua carreira inclui experiências significativas como gestor de saúde no Ministério da Saúde e liderança em várias iniciativas no setor privado, incluindo a fundação e direção de cooperativas médicas e de crédito. Ele é fundador e CEO da Aventus Ocupacional.

Sobre a Aventus Ocupacional

Pioneira no segmento B2B de Saúde e Segurança do Trabalho (SST), a Aventus Ocupacional tem 25 anos de mercado. A companhia se destaca pela integração completa entre medicina ocupacional e segurança do trabalho, atendendo uma vasta gama de clientes em diversos setores como transporte, educação, alimentação, saúde e indústria.

Na vanguarda da digitalização do atendimento SST, a Aventus Ocupacional utiliza tecnologia de ponta, incluindo uma plataforma EAD para treinamentos online. Nos últimos anos, a empresa tem se destacado por sua inovação no atendimento às demandas legais e operacionais do setor de medicina ocupacional.