Em um cenário corporativo cada vez mais voltado para a diversidade, inclusão e sustentabilidade, novos modelos de liderança ganham espaço – e entre eles, a Liderança Shakti vem se destacando. Inspirada na sabedoria ancestral oriental, essa abordagem propõe o equilíbrio entre as energias feminina e masculina dentro das lideranças, com foco em colaboração, empatia, propósito e consciência.
Embora o tema liderança já tenha sido amplamente explorado, o modelo Shakti mostra que ainda há muito o que evoluir. Criado por Nilima Bhat e Raj Sisodia (cofundador do movimento do Capitalismo Consciente), o conceito foi apresentado no livro Liderança Shakti: equilíbrio do poder feminino e masculino nos negócios, lançado em 2017. O Brasil, inclusive, foi o primeiro país a adquirir os direitos da obra através do Instituto do Capitalismo Consciente Brasil, iniciando a disseminação da filosofia por aqui.
Segundo os autores, enquanto ainda existirem guerras, relações tóxicas e destruição ambiental, é sinal de que a liderança global — e individual — precisa passar por um processo profundo de autoconhecimento e expansão de consciência. Mais do que discutir cargos ou posições, a Liderança Shakti é sobre como lideramos — com presença, flexibilidade, plenitude e congruência entre o que somos e o que praticamos.
Na prática, grandes organizações têm adotado esses princípios para desenvolver culturas mais humanizadas e inclusivas. Segundo Alessandra Alkimïn, fundadora da MAI Mentoring e Palestras de Alto Impacto, a Liderança Shakti não é sobre gênero, mas sobre integrar qualidades complementares no exercício da liderança.
“É a integração do poder com a empatia, da firmeza com a escuta, do foco com a intuição. É uma liderança que entende o impacto de cada decisão nas pessoas, nos negócios e no planeta”, explica Alessandra, que é Líder Shakti com certificação internacional, mentora e A.gente do Capitalismo Consciente no Brasil.
O Capitalismo Consciente é um movimento global que propõe um modelo de negócios baseado em quatro pilares: propósito maior, orientação para stakeholders, liderança consciente e cultura consciente. A ideia é mostrar que empresas podem ser forças poderosas para o bem, equilibrando resultados financeiros com impacto social e humano.
De acordo com Alessandra, a adoção da Liderança Shakti por grandes empresas tem mostrado resultados expressivos. “Organizações que incentivam esse tipo de liderança conseguem não apenas melhorar seu clima organizacional, mas também inovar mais, reter talentos e aumentar sua performance de forma sustentável.”
A especialista reforça que implementar essa visão exige um compromisso genuíno com o autoconhecimento e com a transformação cultural. “É uma jornada de dentro para fora, que começa pelos líderes e se estende por toda a organização. Quando há equilíbrio entre propósito e resultado, quem ganha é o todo.”
Fonte: Alessandra Alkimïn – Líder Shakti com certificação internacional, mentora, palestrante, fundadora da MAI Mentoring e DOMINA ACADEMY, e A.gente do Capitalismo Consciente no Brasil.