Exposição será prorrogada até o dia 18 de maio de 2025

 

 

Neste sábado, dia 10 de maio, às 15h30, será lançado o livro da exposição “Fazer o Ar”, da artista Iole de Freitas, na Sala dos Archeiros, no Paço Imperial. Para marcar o lançamento, será realizada, às 16h30, uma conversa gratuita e aberta ao público com a artista, o curador e poeta Eucanaã Ferraz e o artista visual e poeta João Bandeira, que assinam textos inéditos no livro. 

 

Com 120 páginas, o livro, organizado por Eucanaã Ferraz e Rara Dias, traz imagens inéditas da exposição, em um ensaio fotográfico feito por Vicente de Mello, e também fotos de Ricardo Miyada, Maria Camargo, Sérgio Zalis, Jaime Acioli, Iole de Freitas e Helena Makun. Além de textos do curador e poeta Eucanaã Ferraz e do artista visual e poeta João Bandeira, a publicação também terá a transcrição de uma conversa inédita entre eles e Iole de Freitas, realizada no ateliê da artista. No Paço Imperial, o livro será vendido pelo valor promocional de R$90 e após o lançamento estará disponível na livraria Blooks.

 

A exposição “Fazer o Ar” apresenta trabalhos inéditos de uma das mais importantes artistas plásticas brasileiras. A mostra foi prorrogada e poderá ser vista até o dia 18 de maio no Paço Imperial. Com curadoria de Eucanaã Ferraz, são apresentados 16 trabalhos inéditos, que exploram o volume e o ar. Obras em grandes dimensões chamadas “Mantos”, feitas com papel glassine, com tamanhos que chegam a quase 4 metros, esculturas da série inédita “Algas”, em aço inox, e a obra “Escada”, feita há dois anos, mas que ganhou uma montagem inédita na exposição.

 

Grandes volumes brancos da série “Mantos”, produzidos este ano, ocupam as paredes e o chão das salas da exposição. Originalmente, o papel glassine é usado como embalagem para obras de arte, conservando e acondicionando-as. “É um papel que foi pensado para proteger uma obra, aqui ele não existe como um envoltório, mas como algo que, trabalhado, guarda em si a expressão de uma linguagem. Gosto de deslocar a funcionalidade das coisas, subvertendo-as: tomo a capa da coisa e faço dela substância da forma”, afirma a artista. A pesquisa para estes trabalhos começou há cerca de quatro anos. Para realizá-los, o papel é preenchido com ar, inflando-o e criando grandes superfícies, que então recebem água, areia e cola, que vão moldando, esculpindo e estruturando o papel até formarem os Mantos. Alguns ainda ganham novos elementos, como cobre, palha e pedras gipsitas. “Iole testa em cada obra as verdades físicas de seu corpo e do material que utiliza. Basta ver para inferirmos o quanto as formas nasceram da peleja, da disputa entre o gesto e o papel. É flagrante a atuação de uma inteligência física. O papel era liso, neutro, sem corpo nem memória, sem ar, inerte, ausente. Iole soprou nele. Deu a ele o sopro da vida. O papel, agora, está vivo. Veja: ele respira”, afirma o curador Eucanaã Ferraz.

 

Um único Manto vermelho faz parte da exposição. “A cor vermelha/ rubra traz uma dramaticidade, que vem também das grandes e pesadas cortinas, que emolduram os palcos como as do Theatro Municipal, no Rio de Janeiro, onde dancei. Esta experiência ficou impregnada em mim como um momento dramático de determinada cena”, conta a artista que estudou e trabalhou com dança contemporânea.

 

Dialogando com os Mantos, também é apresentada a série inédita de esculturas “Algas”, produzidas em aço inox, também trazendo em sua poética a questão do ar.

 

Na última sala da exposição está a obra “Escada”, composta por uma estrutura em aço inox feita de cortes, dobras e solda, que se assemelham a degraus. Ela está na parede, dividida em duas partes, junto a um vídeo com o registro de performance que a artista realizou com seu neto Bento Dias, que fez parte da videoinstalação “Escada”, apresentada no Instituto Tomie Ohtake, em 2023. A obra tem montagem inédita na exposição.

 

Serviço: Conversa e lançamento do livro da exposição “Fazer o Ar”, de Iole de Freitas

Dia 10 de maio 2025, às 15h30

Sala dos Archeiros - Centro Cultural do Patrimônio Paço Imperial

Praça XV de Novembro, 48 – Centro – Rio de Janeiro – RJ

Entrada gratuita

 

Exposição “Fazer o Ar”

Até 18 de maio de 2025

Terça a domingo e feriados, das 12h às 18h.