Em São Paulo, variação foi de 0,48%, elevando para 8,43% o acumulado de 12 meses


O INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção-M), pesquisado em sete capitais de estados, aumentou em média em 0,26% em maio, um recuo na comparação com a elevação de 0,59% registrada em abril. No acumulado do ano, o indicador subiu 2,48%, e no acumulado de 12 meses até maio, 7,17%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 27/05, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre). Na capital paulista, o Índice da Construção Civil (ICC ) subiu 0,48% em maio, acumulando 2,70% no ano e 8,43% em 12 meses.

"Mesmo com a pequena elevação observada em maio, os custos da construção seguem em patamar elevado, refletindo pressões estruturais sobre o setor. O índice acumulado de 12 meses ainda aponta uma alta significativa, o que exige muita atenção dos empresários", afirma Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP.

Todos os grupos de custos pesquisados apresentaram recuo no mês, mas a tendência de aumento nos custos da construção segue elevada, uma vez que no acumulado de 12 meses até maio de 2024, o INCC-M registrava alta de 3,68%. Os custos nas cidades pesquisadas, com exceção de Brasília, experimentaram desaceleração em suas taxas de variação.

Materiais, Equipamentos e Serviços
Os custos do grupo de Materiais, Equipamentos e Serviços caíram 0,07% em maio, contra alta de 0,37% no mês anterior.

A categoria de Materiais e Equipamentos registrou queda de 0,12% em maio, marcando uma inversão em sua taxa, que foi de 0,35% em abril. Para o FGV Ibre, esse movimento reflete uma tendência de desaceleração nos preços desses insumos, crucial para a execução de projetos de construção.

Todos os subgrupos que compõem essa categoria exibiram recuo em suas taxas de variação. O principal destaque foi o subgrupo Materiais para Instalação, que viu sua taxa diminuir de 0,57% para -1,33%.

No grupo de Serviços, observou-se uma desaceleração na taxa de variação, que passou de 0,50% em abril para 0,40% em maio. Esse recuo foi reflexo do item Projetos, que viu sua taxa decrescer de 0,59% para 0,20%.


Mão de Obra desacelera
A variação do índice de Mão de Obra foi de 0,72% em maio, marcando um recuo quando comparada ao índice de 0,91% observado em abril.

 

Maiores altas e quedas
Os custos que mais se elevaram em maio foram: Engenheiro (1,26%), Carpinteiro (1,07%), Elevador (0,92%), Pintor (0,87%) e Pedreiro (0,42%).

Os custos que mais se reduziram foram Tubos e Conexões de PVC (-5,51%), Eletrodutos de PVC (-3,90%), Tela de Aço Soldada para Concreto (-0,66%), Vergalhões e Arames de Aço ao Carbono (-0,56%) e Bandeja de Proteção primária e secundária (-0,27%).

 

Sobre o SindusCon-SP

O SindusCon-SP é a maior associação de empresas da indústria da construção na América Latina. Congrega 300 construtoras associadas e representa cerca de 50 mil empresas de construção residencial, industrial, comercial, obras de infraestrutura e habitação popular, localizadas no estado de São Paulo. Tem sede na capital paulista e representações em nove regiões e uma delegação nos principais municípios do interior. A construção paulista representa 27,6% da construção brasileira, que por sua vez equivale a 4,9% do PIB brasileiro.