Na prática da liderança consciente, compreender e equilibrar as energias masculina e feminina é essencial para transformar a forma como lideramos, não apenas pessoas, mas a nós mesmos. É nesse contexto que atua a especialista em Liderança Shakti, Alessandra Alkimïn.
Segundo Alessandra, essa dualidade energética vai muito além de rótulos de gênero. “Estamos falando de qualidades humanas universais. A energia masculina está ligada à ação, foco, liderança e estratégia. Já a feminina representa criatividade, empatia, colaboração e escuta. Quando bem integradas, essas forças geram um modelo de liderança mais humano, presente e eficaz”, explica.
A lógica por trás dessa integração está na proposta de um novo paradigma de liderança: menos voltado ao controle e ao resultado a qualquer custo, e mais atento à presença, ao propósito e ao bem-estar coletivo. Essa visão tem ganhado espaço em grandes organizações ao redor do mundo, especialmente diante dos desafios contemporâneos que exigem líderes mais conscientes e conectados consigo mesmos.
Inspirada por autores como Nilima Bhat e Raj Sisodia, criadores do conceito de Shakti Leadership, Alessandra reforça que o caminho do equilíbrio entre as energias é também um processo de autoconhecimento. “Liderar com consciência é aprender a harmonizar razão e emoção, firmeza e sensibilidade, ação e contemplação. É sair do piloto automático e acessar nossa verdadeira potência”, completa.
No ambiente corporativo, essa integração de forças impacta diretamente na forma como as lideranças tomam decisões, conduzem equipes e lidam com desafios. Um líder que opera apenas na energia masculina, por exemplo, tende a priorizar metas, performance e resultados, mas pode negligenciar aspectos essenciais como empatia, escuta ativa e o bem-estar do time.
Já uma liderança movida exclusivamente pela energia feminina pode se conectar mais facilmente com as pessoas, mas encontrar dificuldades na hora de tomar decisões duras ou agir com firmeza. O equilíbrio entre essas duas dimensões é o que gera uma liderança mais completa e adaptável aos contextos dinâmicos do mundo atual.
Dentro das organizações, esse olhar integrativo favorece ambientes mais seguros psicologicamente e inovadores. A energia que move uma liderança está diretamente conectada com sua capacidade de gerar impacto real e sustentável. Por isso, entender esses dois polos — e praticar o equilíbrio entre eles — não deve ser uma característica de poucos, mas uma competência fundamental para os líderes do presente e do futuro. Como diz Alessandra Alkimïn, “liderar com consciência é, acima de tudo, aprender a ser inteiro e permitir que os outros também sejam”.
Fonte: Alessandra Alkimïn – Líder Shakti com certificação internacional, mentora, palestrante, fundadora da MAI Mentoring e DOMINA ACADEMY, e A.gente do Capitalismo Consciente no Brasil.