Concessionária vai notificar perfis que divulgam o ato criminoso


Um vídeo com um grupo de pelo menos seis menores de idade viajando fora do trem vem ganhando as redes sociais e alarmando alguns internautas. A cena lamentável virou motivo para atrair e gerar engajamento desses infratores na web. Entretanto, eles estão arriscando suas vidas ao se agarrar às laterais dos vagões ou se equilibrar no teto dos trens. As ações, além de irresponsáveis, comprometem a segurança de todos os passageiros e impactam o bom funcionamento da operação ferroviária.

Em todo o ano passado, a SuperVia registrou um total de 46 casos de pessoas flagradas praticando o chamado “surfe ferroviário”. Os meses com maior incidência foram setembro, com 13 casos, e novembro, com 8. Este ano, até março, já foram contabilizados 12 casos. Janeiro teve o maior número de ocorrências: foram 5 registros. Diante desses dados, a SuperVia segue atuando em parceria com as autoridades para coibir esse comportamento e conscientizar a população sobre os riscos envolvidos.

“Essa ação é irresponsável e compromete a vida desses infratores e de toda a nossa operação. Nós já identificamos os perfis que estão divulgando este tipo de prática e estamos compartilhando o material com os órgãos competentes para adoção de medidas cabíveis. Já fizemos abordagens individuais na página pessoal deles e chegaram a debochar da situação. Esse deboche é contra a vida de cada um deles. Essas crianças correm risco de vida”, afirma Juliana Barreto, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da SuperVia.

De acordo com monitoramento da concessionária, o ramal mais afetado é o Japeri, principalmente, no trecho entre Ricardo de Albuquerque e Edson Passos/Mesquita. Caso alguém seja flagrado viajando em locais inapropriados, estas serão retiradas, detidas e, com apoio do GPfer (Grupamento de Polícia Ferroviária) ou batalhões da área, conduzidas a delegacia para apreciação da autoridade policial. O maquinista que for informado sobre a situação também tem a orientação de só seguir com a viagem após a retirada dos ‘surfistas’. Ou seja, gerando atrasos. Os passageiros também podem contribuir denunciando atitudes que coloquem em risco a operação e a segurança de todos por meio dos canais de atendimento da concessionária e do Disque Denúncia (2253-1177).