Defesa Civil Nacional acompanha de perto a situação em Angra dos Reis (RJ) e demais estados atingidos por fortes chuvas

 

Brasília (DF) - A Defesa Civil Nacional acompanha de perto a situação em Angra dos Reis (RJ), fortemente atingida por um temporal nas últimas 24 horas, com acumulados de até 270 mm de chuva. O município, que decretou estado de emergência, utilizou a ferramenta do Governo Federal, o Defesa Civil Alerta, para emitir 24 alertas desde sexta-feira (04), possibilitando evacuações preventivas em diversas áreas de risco e salvando muitas vidas.
 

A atuação preventiva da Defesa Civil local, com apoio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), foi fundamental diante do cenário de risco. O Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) opera em nível de alerta laranja — situação de atenção reforçada — monitorando o evento em tempo real e prestando suporte técnico ao município.
 

O temporal provocou alagamentos, deslizamentos e quedas de árvores em diferentes pontos da cidade. Até a noite de sábado, foram registradas seis ocorrências de deslizamentos de terra, seis pontos de alagamento, nove quedas de árvores e obstruções de vias. Trinta pontos de apoio foram abertos, dos quais três se transformaram em abrigos, acolhendo 112 desabrigados.
 

O coordenador geral de Monitoramento e Alerta do Cenad, Tiago Schnorr, destacou que a Defesa Civil Nacional está com atenção redobrada. “A Defesa Civil Nacional participa da sala de crise do município e se coloca à disposição para auxiliar em qualquer demanda, tanto nas ações de socorro quanto nas de resposta”, afirmou. A força-tarefa do Grupo de Apoio a Desastres (GADE) está em prontidão e poderá ser acionada conforme solicitação do município ou do estado.
 

Além do Rio de Janeiro, a Defesa Civil Nacional também acompanha as condições meteorológicas em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica continuidade das chuvas, o que mantém o nível de atenção elevado em todo o Sudeste. As regiões mais críticas incluem, além de Angra, os municípios de Petrópolis, Campos dos Goytacazes, Vitória e Cachoeiro do Itapemirim, com risco extremo de novos alagamentos, enxurradas e transbordamentos de rios como Itabapoana e Itapemirim.
 

Nível máximo de alerta

Os alertas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) estão em nível muito alto para deslizamentos, inundações e enxurradas em Angra dos Reis, e foram enviados às defesas civis estaduais e municipais. As informações, junto com o monitoramento local, subsidiam as equipes a disparar os alertas de evacuação por meio do sistema do Defesa Civil Alerta para a população. Esses avisos ocorrem em nível extremo, acionando sirenes nos celulares dos moradores do litoral carioca.
 

Risco moderado

A possibilidade de ocorrência de eventos hidrológicos é considerada moderada nas regiões metropolitanas de São Paulo e São José dos Campos (SP), com atenção especial para os municípios do litoral norte e da Baixada Santista, além de Volta Redonda e Macaé (RJ) e Juiz de Fora (MG). A previsão de pancadas de chuva ao longo do domingo (06), somada ao volume já acumulado nos últimos dias, aumenta o risco de enxurradas, alagamentos temporários em áreas urbanas mais baixas e inundações pontuais em córregos urbanos.
 

A Defesa Civil do Estado de São Paulo também emitiu alertas preventivos para a região de Ubatuba, no litoral paulista, às 23h09 de sexta-feira (04). A medida é estratégica para a proteção da população diante do cenário de chuva persistente com risco para deslizamentos.
 

Atuação do MIDR e repasse de recursos ao Rio de Janeiro

O MIDR atua rapidamente no restabelecimento da vida da população depois do desastre e em seguida na reconstrução de algumas estruturas, como casas e pontilhões. No caso do Rio de Janeiro, temos trabalhado próximos aos municípios atingidos desde a fase de alerta, antes mesmo de o desastre acontecer. Infelizmente, pelas características locais, os eventos no Rio, em sua maioria, envolvem movimento de massa, como deslizamentos. Esse tipo de desastre é mais localizado e perigoso.
 

Cabe ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), o repasse de recursos federais para ações de restabelecimento e reconstrução. No caso do Estado do Rio de Janeiro, entre 2022 e a presente data, o MIDR assegurou o repasse de R$ 73,6 milhões para ações de assistência humanitária e restabelecimento, e de R$ 59,9 milhões para reconstrução em regiões afetadas por eventos extremos que deixaram milhares de atingidos e óbitos.