A tecnologia está se tornando uma poderosa aliada na promoção da inclusão e da autonomia das pessoas com deficiência. A Inteligência Artificial (IA) e a Realidade Virtual (RV) vêm abrindo novas portas, oferecendo soluções inovadoras que estão transformando vidas.

 

Em São Paulo, por exemplo, a Realidade Virtual está sendo utilizada em um treinamento que visa facilitar a circulação de pessoas com deficiência intelectual e Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos transportes públicos, como o metrô. Por meio de um software de realidade virtual que simula ambientes reais, pessoas com deficiência podem se familiarizar com o ambiente do transporte público. E essa tecnologia permite um treinamento personalizado, adaptado às necessidades de cada pessoa, promovendo autonomia e inclusão social.

 

Para o Defensor Público Federal André Naves, especialista em Inclusão Social, a Inteligência Artificial está tornando o mundo mais acessível. " As IAs cumprem um papel fundamental na criação de uma sociedade mais inclusiva e justa. Está quebrando barreiras, tornando possível uma participação mais plena e independente das PcDs em todos os aspectos da vida cotidiana. Esperamos que essas ferramentas continuem evoluindo, oferecendo mais e mais oportunidades para que todos, independentemente de suas limitações, possam participar ativamente da vida em sociedade”, ressalta.

 

A IA, ao lado da realidade virtual, está redefinindo os limites da inclusão, oferecendo ferramentas que transcendem as barreiras físicas e sensoriais. De acordo com o Relatório Mundial sobre Tecnologia Assistiva da Organização Mundial da Saúde (OMS), a tecnologia assistiva, impulsionada pela IA, tem o potencial de transformar a vida de mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo.

 

"Ao automatizar tarefas complexas, personalizar experiências e fornecer informações em tempo real, a IA permite que as pessoas com deficiência participem ativamente da sociedade, desde a educação, o emprego, até o lazer e a cultura. A IA não apenas facilita a vida cotidiana, mas também capacita as PcDs a exercerem seus direitos, expressarem seus talentos e alcançarem seu pleno potencial", conclui Naves.



 

O Defensor Público, André Naves. Foto: Arquivo pessoal.