‘PREVENIR 50+’ atuará na prevenção às doenças crônicas que podem
aumentar o risco de desenvolver cânceres de pulmão, de intestino e de
mama; programa será iniciado em quatro unidades básicas de saúde

A saúde pública de Volta Redonda mais uma vez sai à frente com o
lançamento inédito do programa de rastreio do câncer de pulmão no SUS
(Sistema Único de Saúde). O programa “PREVENIR 50+” foi lançado nesta
segunda-feira, dia 10, no gabinete do prefeito Antonio Francisco Neto,
junto a coordenadora da LAO (Linha de Atenção Oncológica) da Secretaria
Municipal de Saúde (SMS), a oncologista Luciana Francisco Netto, que
também é coordenadora do PREVENIR – programa de prevenção ao câncer.

Luciana destacou que o programa de rastreio favorece o diagnóstico
precoce do câncer de pulmão. A chance de cura aumenta quando o
diagnóstico é feito no início da doença, mas no Brasil apenas 16% dos
casos são diagnosticados em fase inicial.

“O câncer de pulmão é o terceiro mais prevalente nos homens e o quarto
nas mulheres, com alta mortalidade. Em 2024 tivemos 36 óbitos em Volta
Redonda, o tabagismo é responsável por 85% dos casos da doença. A taxa
de sobrevida em cinco anos para a doença no Brasil é de 18%, quando esse
diagnóstico é feito nas fases iniciais pode subir para 56%, por isso a
importância de um diagnóstico precoce”, explicou a oncologista.

O programa “PREVENIR 50+” será direcionado para a população de 50 a 79
anos, faixa etária propensa a doenças crônicas que são fatores de risco
para os cânceres de pulmão, de mama e de intestino.

“As doenças crônicas não transmissíveis podem levar as pessoas a mortes
prematuras; 64% dos óbitos por essas doenças ocorrem na população entre
50 e 79 anos. O objetivo do ‘PREVENIR 50+’ é trazer a experiência do
PREVENIR – prevenção ao câncer do colo do útero –, para estabelecer um
cuidado integral aos pacientes acima de 50 anos, para práticas de
rastreio e prevenção de doenças crônicas como hipertensão arterial,
diabetes e dislipidemia. Com isso, conscientizar a população de que é
importante a prevenção e não só a busca aos serviços de saúde quando a
doença está estabelecida”, comentou Luciana Netto, que, durante o
lançamento do programa, recebeu das mãos do deputado estadual Munir
Neto, e de seus pais, uma placa de homenagem aos serviços prestados à
saúde pública de Volta Redonda.

Para o prefeito de Volta Redonda, Antonio Francisco Neto, o intuito do
programa “PREVENIR 50+” é um só: salvar vidas. “Capacitamos a equipe da
Secretaria Municipal de Saúde, principalmente das unidades básicas que
vão atender à população. Estamos lançando esse programa e vamos investir
o que for necessário, o município de Volta Redonda tem uma meta: ter a
melhor saúde pública do Brasil”, citou Neto.

Incentivadora do ‘PREVENIR 50+’

A médica Liz Maria de Almeida, do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva
da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), acompanhou o
lançamento do “PREVENIR 50+”. Ela é uma das profissionais de saúde que
dá apoio técnico ao programa de rastreio organizado do câncer em Volta
Redonda.

“Quero parabenizar ao prefeito Neto pela vontade política de inovar na
saúde pública e de implementar o ‘PREVENIR 50+’, que tem como
coordenadora a oncologista Luciana Francisco Neto, que possui um olhar
diferenciado para os pacientes. Espero que essa implementação contribua
para salvar vidas com o diagnóstico precoce”, disse a médica.

Estiveram no lançamento o vice-prefeito e diretor-geral do Hospital São
João Batista (HSJB), Sebastião Faria; a secretária municipal de Saúde,
Márcia Cury; a subsecretária de Saúde, Rosa Lages; o radiologista
Ricardo Laviola; o pneumologista Júlio Frerenzini; o deputado estadual
Munir Neto; o presidente da FOA (Fundação Oswaldo Aranha) Eduardo Prado
e outras autoridades.

Como vai acontecer

A partir desta segunda, dia 10, as unidades básicas de Saúde da Família
(UBSFs) dos bairros Água Limpa 1, Siderlândia, Retiro 1 e Nova Primavera
farão uma busca ativa por pacientes na faixa etária de 50 a 79 anos.

Na sequência, esses pacientes passarão por uma consulta especializada
que vai avaliar o histórico familiar para cânceres de pulmão, de mama e
de intestino e ainda avaliação para risco cardiovascular, glicemia, IMC
(Índice de Massa Corporal), sedentarismo e obesidade.

No caso de pacientes tabagistas, eles serão também convidados a
participarem de grupo antitabagismo e passarão por uma tomografia (TC)
de baixa dose com carga tabágica de mais de 20 maços por ano, ou que
pararam de fumar há menos de 15 anos.