Ao discursar em São Paulo, durante painel voltado a investidores e líderes empresariais, ministro da Casa Civil defendeu as medidas adotadas pelo governo em linha com o compromisso fiscal

 

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta quarta-feira (26) que o Brasil está realizando o maior volume de concessões públicas de sua história e que não há pensamento diferente no Governo Federal quanto à adoção de medidas necessárias para respeito ao compromisso fiscal neste e no próximo ano. Ao participar de painel em São Paulo sobre as oportunidades de investimentos para o Brasil, promovido pelo banco BTG Pactual, o ministro reforçou a responsabilidade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em cumprir o arcabouço fiscal.

 

"Nós estamos com absoluto sucesso, nesses dois anos, na implementação de algo que o Governo Federal pouco incentivava, que é o modelo de PPPs. O dado é extremamente positivo: nós tivemos R$ 160 bilhões em contratos assinados, envolvendo projetos de PPPs e concessões", afirmou, destacando os benefícios dessa cooperação para o consumidor, o contribuinte e a sociedade como um todo.

 

Ao responder a pergunta da moderadora do evento sobre os investimentos públicos e privados mobilizados por meio do Novo PAC, Rui Costa ressaltou que o programa foi estruturado para possibilitar que a maior parte do volume venha da iniciativa privada. "O que se buscou no Novo PAC foi investir em questões estruturais que vão impactar positivamente a economia brasileira como a melhoria da infraestrutura logística, retirando gargalos e montando uma infraestrutura que possa ter impactos positivos na economia", disse.

 

O ministro também comentou as projeções e indicadores econômicos para o país neste ano, assegurando que não haverá medidas excepcionais para impulsionar o crescimento da economia. "Não tenham dúvida da absoluta responsabilidade fiscal do governo do presidente Lula. Basta olhar o que foi feito nesses dois anos. Em 2024, nós materializamos o melhor resultado primário em 10 anos - com exceção de 2022, em que houve uma manobra contábil em que não se pagou, entre outras coisas, os precatórios no valor de R$ 90 bilhões", disse.

 

"Para cumprir o arcabouço fiscal, nós cortamos R$ 20 bilhões do Novo PAC no ano passado - bloqueando ou contingenciando. Se necessário, todas medidas para o cumprimento fiscal serão adotadas. E não há pensamento diferente dentro do governo", acrescentou.

 

Ele também aproveitou a oportunidade para refletir sobre os desafios de se conviver com o impacto de notícias falsas e episódios repetidos de desinformação sobre cada medida do governo, ainda que ela nem sequer tenha sido publicada. "Você vive uma permanente luta diária para fazer prevalecer os fatos e não as versões", observou.