Novo antiparasitário lançado pela Zoetis, Valcor possui duplo mecanismo de ação que assegura mais de 95% de eficácia, segundo estudos feitos com diversas categorias, raças e desafios
São Paulo, 13 de novembro de 2024. A Zoetis, líder mundial em saúde animal, lança o Valor, endectocida indicado para o tratamento de parasitas gastrointestinais e na prevenção de bicheiras e bernes em bovinos acima de três meses. Sua formulação única, à base de Doramectina e Cloridrato de Levamisol, possui duplo mecanismo de ação que atua em sítios diferentes dos parasitos, gerando uma eficácia de 95%.
Os estudos feitos na Austrália, Nova Zelândia, EUA e Brasil, com cerca de 2 mil animais, em diversas categorias, raças e desafios, constataram resultados seguros e desempenho superior, principalmente em relação às ivermectinas. Ele é recomendado para o tratamento de bovinos infectados pelos parasitas gastrointestinais, Haemonchus placei, Cooperia punctata, Cooperia pectinata, Trichostrongylus axei e Oesophagostomum radiatum, que são os principais parasitos gastrointestinais dos bovinos.
Em termos de eficácia, o médico-veterinário Elio Moro, gerente técnico da Zoetis, afirma que “Valcor combina diferentes princípios ativos anti-helmínticos que, juntos, conferem alta eficácia no combate aos parasitas que desenvolveram resistência aos tratamentos convencionais. A associação de Doramectina e Levamisole amplia de maneira expressiva a capacidade de Valcor eliminar os parasitos gastrointestinais dos bovinos, inclusive cepas resistentes às ivermectinas.”
Janaina Giordani, gerente de produto da linha de antiparasitários, diz que o lançamento de Valcor, traz uma inovação essencial para minimizar a resistência anti-helmíntica na pecuária. “Com sua formulação única, oferecemos aos pecuaristas uma solução eficaz contra parasitas resistentes, melhorando a saúde e o desempenho do rebanho. Valcor é um avanço significativo para enfrentar um dos grandes desafios do setor e garantir mais produtividade no campo.”
Os parasitos prejudicam de forma inquestionável a produtividade e a lucratividade das fazendas. Nas condições do Brasil central, estima-se que animais infectados por parasitas apresentam desempenho de 30 a 70 kg/ano inferior ao dos animais livres de infecções (Zocoller et al. 1995/Bianchin, 1996). De acordo com estudos feitos no Brasil e em outros países, bovinos de corte na fase da recria podem deixar de ganhar de 11 a 24 quilos quando tratados com vermífugos com eficácia abaixo de 80%. “O interessante nesses estudos é que os animais não tratados (grupo controle) ou tratados com vermífugos ineficazes continuam ganhando peso, mas abaixo dos grupos tratados com vermífugos eficazes”, explica o médico veterinário e professor Fernando Almeida Borges, docente da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).
Resistência anti-helmíntica se acentua
Durante o XXII Congresso de Parasitologia Veterinária, que foi realizado em Pirenópolis (GO), de 10 a 13 de novembro de 2024, Ricardo Soutello, professor da Unesp de Dracena, no Departamento de Produção Animal e líder do grupo de pesquisa do CNPQ em pesquisa em parasitologia animal, apresentou estudo que revela o aumento da resistência anti-helmíntica dos bovinos à Ivermectina. O pesquisador contou que em 2007, estudo feito em 25 propriedades na região noroeste do estado de São Paulo já mostrava que apenas duas não apresentavam resistência à Ivermectina. No trabalho recente, foram 27 propriedades avaliadas por 18 meses e todas revelaram resistência à Ivermectina. “O percentual de redução não passa de 40%, o quadro se agravou muito. Hoje já são relatados casos de animais vindo a óbito por sintomas de helmintíase”, alertou Soutello.
A resistência ocorre quando os parasitas gastrointestinais, vermes, carrapatos e moscas, desenvolvem meios de sobreviver ao tratamento com os medicamentos antiparasitários que antes eram eficazes.
O que pode ser feito
As causas para essa resistência estão ligadas às condições inadequadas de uso. O professor Soutello recomenda que as aplicações sejam feitas com prévia orientação técnica. “É necessário realizar monitoramento permanente para observar sinais de resistência, como ganho de peso e índices na reprodução. Se necessário, deve-se mudar o medicamento, é importante usar a dose recomendada, conforme o peso do animal. Também é preciso adotar formas estratégicas de controle dos helmintos, otimizando a utilização dos medicamentos, além de verificar mecanismos de ação da classe do produto. Também deve-se tratar apenas as categorias de animais que realmente necessitam de intervenção, com base em critérios como a carga parasitária e o estado de saúde e época do ano, em vez de aplicar tratamentos em todo o rebanho indiscriminadamente”, recomenda o especialista. Ainda de acordo com dados apresentados pelo professor, animais tratados com anti-helmínticos eficazes, com a correta orientação técnica, ganham cerca de 31,4 kg a mais que aqueles tratados com anti-helminticos ineficazes, o que representa 1 arrouba a mais por animal/ano.
Sobre a Zoetis
Como empresa líder mundial em saúde animal, a Zoetis é movida por um propósito singular: fortalecer o mundo e a humanidade por meio do avanço no cuidado com os animais. Depois de inovar maneiras de prever, prevenir, detectar e tratar doenças animais por mais de 70 anos, a Zoetis continua apoiando aqueles que criam e cuidam de animais em todo o mundo – de veterinários e donos de animais a criadores de gado e pecuaristas. O portfólio líder e o portfólio de medicamentos, vacinas, diagnósticos e tecnologias da empresa fazem a diferença em mais de 100 países. Uma empresa da Fortune 500, a Zoetis gerou uma receita de US$ 8,54 bilhões em 2023, com aproximadamente 13.800 funcionários. Para mais informações, clique aqui.