Centenas de jovens participaram do evento no Arena Esportiva Nicolau Yabrudi, no Voldac, nesse sábado (21)
Centenas de crianças de Volta Redonda tiveram uma manhã de esporte, inclusão e diversão nesse sábado (21), quando aconteceu a primeira etapa da edição 2024 do Festival Paralímpico Loterias Caixa, que chegou a todos os 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal. Realizado por meio de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Smel) e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) – por meio da Diretoria de Desenvolvimento Esportivo – na Arena Esportiva Nicolau Yabrudi (Seu Nula), no bairro Voldac, o festival antecipou as comemorações pelo Dia Nacional do Atleta Paralímpico, celebrado neste domingo (22). A segunda edição do Festival Paralímpico está marcada para 3 de dezembro, no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.
O evento em Volta Redonda teve quatro modalidades: Atletismo, Parabadminton, Vôlei Sentado e Parataekwondo (esporte que estreou nas Paralimpíadas de Tóquio, em 2021), praticados por crianças, adolescentes e jovens de acordo com suas faixas etárias. A secretária Municipal de Esporte e Lazer, Rose Vilela, lembra que o Festival Paralímpico é uma das atividades que ajudam a dar visibilidade à Pessoa Com Deficiência (PCD) e mostrar sua eficiência na prática do esporte.
"Com o resultado que nós tivemos nas Paralimpíadas em Paris, o mundo, hoje, tem outro olhar. Eles estão sendo vistos e tratados com a dignidade que todo ser humano e cidadão merece. E essa experimentação é uma atividade inclusiva, pois temos 80% de crianças, jovens ou adultos com deficiência, e 20% sem deficiência. Ficamos muito felizes em ver o sorriso das famílias ao torcer pelo seu filho, orgulhosos do que eles estão sendo capazes de fazer”, disse, acrescentando que essa foi a quinta edição do festival em Volta Redonda.
O deputado estadual Munir Neto faz coro à declaração de Rose Vilela. “Quem acompanha eventos como esse sabem o quanto eles ficam felizes por terem essa oportunidade de mostrarem do que são capazes. Com certeza os seus pais ficam muito orgulhosos”, declarou.
Apoio das famílias
Katiana Cristina do Nascimento é a mãe da Helena, 19 anos, que pratica atividades esportivas desde 2021, agrade ao apoio e carinho que a filha – que frequenta a Apae-VR (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Volta Redonda) – recebe em eventos como esse.
“É muito amor, é muito carinho. Sou muito grata por tudo que recebemos, seja nesse festival, na Olimpede, da Apae, da sociedade, ao verem o quanto eles são importantes. Que eles estão vivos, que eles são capazes, que eles podem. Nós, como pais, somos muito mais vitoriosos em saber que nossos filhos estão sendo incluídos.”
Katiana falou, ainda, sobre a qualidade de vida que o esporte trouxe para Helena. “É mostrar que ela pode ter seus limites, mas que pode muito dentro desses limites. Ela pode chegar onde quiser, estar onde ela quiser, com a ajuda da sociedade, com a inclusão, com a acessibilidade. A gente ainda tem muito a melhorar, mas a qualidade de vida da Helena já melhorou, faz com que ela venha para a a rua e enxergue um mundo colorido. E ela se sente abraçada também, se sente amada”, diz, lembrando que a jovem fica ansiosa quando eventos como o festival estão próximos de acontecer.
“Ela nem dorme direito. Hoje mesmo ela acordou às 4h30 perguntando se já estava na hora, fala que vai ver todo mundo, que quer participar de tudo, quando chega lembra os nomes de todo mundo.”
Mãe de João Vitor, de 21 anos, Maria Aparecida Rodrigues Machado diz que seu filho já gosta de esporte, por isso ela faz questão de que ele esteja sempre presente. "Ter essa inclusão, o contato com outras pessoas, é muito importante para ele, que nem dorme direito se eu falar com antecedência, por isso procuro contar apenas no dia. E ele fica muito satisfeito quando participa, comenta que os amigos foram, fala o nome de todos os amigos, ele gosta muito de estar junto com eles. Parece que é o mundo deles, né?”
Inclusão
Dentro do espírito de inclusão, a participação de crianças, adolescentes e jovens que não são PCDs é muito importante. Flaviana de Jesus, por exemplo, levou sua filha Emanuelly Vieira, 10 anos, ao Festival Paralímpico a fim de que participasse das atividades. “Devemos valorizar e incentivar a inclusão. A minha filha tem que ser incluída nesse mundo porque somos todos iguais, falo muito isso para ela, desde quando era bem mais nova. E a escola tem sido muito importante por incentivar a inclusão.”
Gláubia Leticia de Paula rodrigues também levou seu filho, Ruan Machado Rodrigues, de 10 anos, para ter essa integração. “É muito importante para o conhecimento dele o convívio social com outras crianças, em especial com as PCDs. Isso faz com que ele cresça como pessoa, como ser humano.